EUA e Reino Unido proíbem computadores na cabina dos aviões de países muçulmanos

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O Departamento de Segurança Interna da Administração Federal dos Estados Unidos da América anunciou na manhã desta terça-feira, dia 21 de março, que, a partir do próximo dia 25 de março, será proibido transportar em bagagem de cabina computadores portáteis pessoais (laptops), tablets, aparelhos de DVD e telefones móveis (celulares)/smartphones acima de determinada dimensão, nos voos de nove companhias aéreas que voam para os EUA, com origem em 10 aeroportos de oito países de maioria muçulmana.

A medida afeta cerca de 50 voos diários que chegam dos mais movimentados aeroportos do Médio Oriente, Turquia e África do Norte, disseram fontes da Administração Federal em Washington. Ao princípio da tarde, também o Reino Unido ordenou a proibição nos voos comerciais provenientes dos seguintes países: Arábia Saudita, Egito, Jordânia, Líbano, Tunísia e Turquia. A BBC divulgou a decisão do Governo de Londres e disse que era esperada e está em consonância com a decisão de Washington.

A proibição anunciada nos Estados Unidos é para entrar em vigor 96 horas após as 07h00 UTC desta terça-feira, o que significa que a partir das 07h00 UTC do próximo sábado, dia 25 de março, a proibição terá de ser respeitada pelos passageiros e pelas companhias que realizam esses voos. As empresas aéreas afetadas pelas proibições são as seguintes, segundo fontes norte-americanas: Royal Jordanian, Egypt Air, Turkish Airlines, Saudi Arabian Airlines, Kuwait Airways, Royal Air Maroc, Qatar Airways, Emirates e Etihad Airways.

O governo turco já se manifestou contra estas medidas e disse em Ankara que os EUA deverão repensá-las. A Administração de Donald Trump já respondeu com o mesmo argumento que justificou o lançamento da proibição: “O terrorismo está cada vez mais empenhado em utilizar meios inovadores para atentados contra pessoas e aviões comerciais”. Washington citou o incidente na Somália em fevereiro de 2016 e o derrube de um avião russo sobre o Egito, em 2015, além dos atentados nos aeroportos de Bruxelas e de Istambul/Ataturk, como prova de que os computadores móveis e outros aparelhos portáteis com ligações a redes de Internet são utilizados em atentados.

As proibições anunciadas não têm prazo para terminar e não são aplicadas a esses aparelhos quando transportados na bagagem de porão.

 


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