Ocorreu na manhã desta quinta-feira, dia 1 de setembro, uma explosão e incêndio numa das plataformas de lançamento de foguetões do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, no Estado da Florida, anunciaram diversos canais de televisão norte-americanos que transmitiram imagens do fogo que se seguiu.
A empresa privada SpaceX (‘Space Explorationa Technologies Corp.’) que se dedica ao lançamento de satélites com cápsulas de foguetões reutilizáveis, divulgou entretanto uma informação de que ocorreu uma explosão durante os trabalhos de teste do foguetão ‘Falcon 9’, tendo sido destruída toda a cápsula e respetiva carga, constituída por um satélite de telecomunicações.
A NASA, agência espacial norte-americana, em comunicado distribuído cerca de meia horas depois do desastre, informou que a explosão se verificou pelas 09h00 locais (13h00 UTC).
A SpaceX é uma empresa privada norte-americana que atua no sector da exploração espacial. É propriedade do empresário Elon Musk, também dono da fábrica de automóveis elétricos ‘Tesla’. Nos últimos tempos a empresa tem sido notícia pelo número crescente de negócios, pois tornou-se bastante competitiva pelo fato de utilizar cápsulas de foguetões recuperadas após os lançamentos. É atualmente a maior concorrente da ‘Arianespace’, a maior lançadora mundial de satélites de telecomunicações.
Em comunicado distribuído ao longo da tarde desta quinta-feira a Facebook reconheceu que o satélite destruído é o AMOS6, um projeto desta rede social e de mais seis empresas do sector, que deveria ser lançado em breve e se destinava a facilitar o acesso à Internet de milhões de cidadãos que vivem em países da África Sub-sahariana. O próprio fundador e presidente da rede social Facebook, Mark Zuckerberg, já publicou um post na sua conta em que reconhece o fracasso e lamenta o fato deste projeto se ter atrasado. Contudo, observa, há outras opções que permitirão a ligação de cada vez mais africanos à Internet.
- Foto © NASA