As oportunidades de emprego nos Estados Unidos da América para imigrantes qualificados crescem a cada semestre. De acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho Americano – Bureau of Labor Statistics (BLS), ao longo dos próximos dez anos, os EUA precisarão de aproximadamente 145 mil novos pilotos. Face a esta situação, nomeadamente os brasileiros interessados e capacitados têm uma boa oportunidade de viver nos EUA.
Daniel Toledo, advogado brasileiro que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, aponta que um dos motivos dessa demanda crescente se dá pelo fato de que os pilotos americanos são constantemente convidados a trabalhar em outros países. “Muitos comandantes foram chamados para atuar principalmente na China, que está pagando muito bem por hora de voo. Existem diversos países da Ásia que estão contratando e pagando muito bem porque, anteriormente, ninguém queria trabalhar nessas localidades. Com isso, houve um défice de pilotos qualificados abrindo o mercado para imigrantes”, relata.
Entretanto, Daniel Toledo alerta que os interessados em concorrer a essas vagas devem estar atentos para as certificações necessárias. “Se as pessoas pensam que vão chegar aos Estados Unidos e começar a voar sem fazer um curso ou uma validação, estão enganadas. No entanto, a partir do momento que se tem uma autorização de trabalho e a certificação de voo, é possível conseguir trabalhos muito interessantes. Isso tem atraído aqueles que estão de olho nesse mercado, como um primeiro passo para traçar um futuro melhor”, aponta.
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Vale lembrar que as oportunidades não se restringem aos pilotos. “As empresas estão contratando pilotos e demais profissionais que atuam neste segmento o que contempla desde comissários de bordo/tripulantes de cabina, engenheiros aeronáuticos, técnicos de manutenção e, até mesmo, para lavar aeronaves. Tudo isso com uma ótima remuneração e a real oportunidade de viver nos Estados Unidos”, revela o especialista brasileiro.
Ao ter um pedido de visto permanente aprovado, o solicitante pode levar a família para viver com ele nos EUA. “Todos os vistos dessas categorias são extensivos ao cônjuge e filhos menores de 21 anos, solteiros e não emancipados. Nestes casos, a maioria das modalidades permite que o cônjuge também trabalhe normalmente, criando uma vida profissional independentemente do visto do marido ou da esposa”, pontua.
Para Daniel Toledo, contar com o auxílio de um advogado é fundamental para um processo mais seguro e tranquilo. “O primeiro passo é receber uma oferta de trabalho de uma empresa americana. Após a entrevista e análise de perfil, se houver interesse por parte da companhia, o próximo passo será conferir se esse profissional possui uma autorização de trabalho e é nessa etapa que o advogado fará toda a parte imigratória, de autorizações, viagem, entrada no país e documentação para que essa pessoa possa trabalhar de forma tranquila e legal dentro dos EUA”, finaliza.