A Lufthansa e a companhia sua subsidiária Germanwings não pretendem pagar indemnizações por danos morais à tripulação do voo 4U9525, que se despenhou sobre os Alpes Franceses, em Março passado, por acção voluntária do copiloto Andreas Lubitz, revela o jornal regional “Rheinische Post”.
Este jornal, que é o maior jornal regional alemão e que se publica na área da cidade de Dusseldorfe, noticiou na terça-feira, dia 11 de agosto, que os pais dos funcionários mortos estão prontos para entrar na justiça para obter os 25 mil euros de ressarcimento concedidos aos 144 passageiros que perderam a vida na tragédia.
“25 mil de compensação para nós é muito pouco, mas quando se começa a fazer distinção entre grupos de vítimas, perco qualquer compreensão”, declarou Christof Wellens, um dos advogados dos parentes dos tripulantes.
No caso dos passageiros, os danos morais foram reconhecidos devido ao terror vivido por eles nos instantes que precederam o choque da aeronave contra os Alpes franceses. No entanto, esse critério é contestado pelo porta-voz do sindicato dos pilotos da Alemanha, Markus Wahl. “A tripulação sabia melhor que os passageiros o quanto aquela situação não tinha saída”, declarou.
A Germanwings confirmou que não pretende pagar as indemnizações, mas ressaltou que um seguro concedeu 50 mil euros por funcionário morto e que a Lufthansa já pagou outros 50 mil euros por vítima como ajuda imediata e mais 10 mil euros em danos morais para cada “parente próximo”, e não para a vítima em si.