O presidente do Conselho de Administração da TAP Portugal defende hoje, em entrevista ao ‘Diário Económico’, que se publica em Lisboa, que, quanto mais se conseguir manter o Aeroporto da Portela, que serve a capital portuguesa, “melhor” para a TAP, mas alerta que esta opção não pode trazer “restrições ao crescimento da companhia aérea.
Fernando Pinto foi, há alguns anos, um defensor da construção de um novo aeroporto para Lisboa, tendo chegado a afirmar que a TAP não teria condições de crescer se isso não acontecesse. Ao ser-lhe colocada a questão pelo ‘Diário Económico’ Fernando Pinto respondeu: «A TAP não é especialista em aeroportos, mas conhece o dia-a-dia. Já naquela época tínhamos imensas dificuldades de aprovar operações no Verão. O aeroporto de Lisboa representa 60% da operação da TAP e somos quem mais sofre quando faltam ‘slots’. Naquela época tínhamos outro problema: a falta de mangas. Todos os nossos Airbus paravam lá fora. Não era possível construir o conceito de ‘hub’ deixando o passageiro a descer na chuva e ao vento, depois de um voo de dez horas. É justo reconhecer que houve um grande esforço da ANA em estender a vida deste aeroporto e esse esforço continua. Está-se tirando o máximo dele. Só tenho a aplaudir. Quanto mais tempo conseguirmos ficar num aeroporto que é confortável para o público, melhor para a TAP. Só não quero que isso traga restrições para o nosso crescimento.»
Neste Verão a TAP está a crescer 11% e, no acumulado do ano, o aumento está nos 7,5%, revelou Fernando Pinto ao jornal económico português.