A companhia aérea FLY Angola começará a operar, nos próximos meses deste ano, em mercados africanos, com a sucursal FLY Centrafrique, sediada na República Centro-Africana (RCA), para ligar países limítrofes, a partir de Bangui em voos regionais.
A companhia privada de matriz angolana responde assim a uma manifestação de interesse por parte do Governo da República Democrática do Congo (RCA), num contexto de escassez de voos regionais regulares naquele país, refere um comunicado da empresa aérea divulgado nesta quarta-feira, dia 29 de março, pela agência de notícias ‘Angop’.
Nesse contexto, a transportadora aérea, provisoriamente denominada FLY Centrafrique, vai voar inicialmente para as cidades de Douala (Camarões), Brazzaville (Congo), N’djamena (Chade) e Kinshasa (República Democrática do Congo).
A nota de imprensa da companhia aérea fundada por empresários angolanos explica que, na passada terça-feira, dia 28 de março, na sequência dos trabalhos em curso para o arranque da operação, uma delegação da FLY Angola manteve encontros com as autoridades da República Centro-Africana (RCA), ao mais alto nível da governação.
Na ocasião, reporta o comunicado, o Presidente Faustin Archange Touadéra foi informado sobre o plano de negócios e a estratégia de operacionalização naquele mercado e os passos que culminaram com a criação da FLY Centrafrique.
A República Centro-Africana não dispõe, presentemente, de qualquer transportadora aérea regular e local, pelo que depende de companhias aéreas estrangeiras, entre as quais a ASKY (com sede no Togo e subsidiária da Kenya Airways), RAM – Royal Air Maroc, Air France e CamAir – Cameroon Airlines.
Com o objetivo de responder a esta oportunidade de negócio e a pedido do Governo da RCA, a FLY Angola desenvolveu um plano de negócios materializado na criação de uma transportadora aérea, com sede local, que vai operar a partir de Bangui.
A FLY Angola é uma companhia aérea com sede em Luanda, que opera voos domésticos dentro de Angola. Foi criada em agosto de 2018, por um grupo de empresários angolanos e teve o seu voo inaugural em setembro do mesmo ano.
A empresa foi constituída para responder ao desafio de estimular o tráfego aéreo seguro de passageiros e de carga, em um momento que da Organização Internacional da Aviação Civil (OIAC) prevê um aumento do tráfego aéreo em África entre 3,8 a 4,3% anualmente, até 2035.
- Texto publicado pela Angop – Agência de Notícias de Angola.