Fokker 100 CS-TPA fez o primeiro e último voo ao serviço da PGA – Com vídeo

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Os Fokker F-100 despediram-se nesta terça-feira, dia 29 de novembro, da frota da Portugália Airlines e, consequentemente da TAP Portugal. O voo TP1937, entre o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na cidade do Porto, no norte de Portugal, e o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, foi o último operado pelo Fokker 100 de matrícula CS-TPA, batizado com o nome ‘Albatroz’, o primeiro e o último a voar na Portugália Airlines.

A partir de agora a marca PGA desaparece e a companhia que continua, desde há algum tempo como subsidiária da TAP passa a chamar-se apenas Portugália Airlines. É legalmente a dona da frota de aviões Embraer E190, que neste ano chegaram a Portugal, através de um acordo com a companhia brasileira AZUL Linhas Aéreas Brasileiras e com a construtora , também brasileira, Embraer.

A última rotação do CS-TPA começou pela manhã, com o voo TP1934, que partiu de Lisboa às 11h15 e aterrou no Porto pelas 11h51. No regresso, última viagem comercial do ‘Albatroz’, o voo TP1937 descolou do Porto às 13h04 e pousou na capital portuguesa pelas 13h44.

No aeroporto da capital portuguesa o F100 da Portugália teve uma recepção à altura das circunstâncias. Foi saudado pelos bombeiros aeroportuários com o tradicional arco de água, nas cores da companhia, e foi precedido no percurso do taxiway para o estacionamento por vários veículos ‘Follow Me’ do Serviço de Operações Aeroportuárias.

Na chegada houve ainda ocasião para uma homenagem à tripulação que trabalhou neste voo, por parte da ANA Aeroportos de Portugal e pelos colegas da companhia. E também para a foto de família para a posteridade.

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A tripulação que fez o último voo do F100 da Portugália foi homenageada pela ANA Aeroportos de Portugal à chegada a Lisboa. Da esquerda para a direita: Francisco Claro (Oficial Piloto), Cristina Saraiva (Chefe de Cabina), André Seiz (Chefe de Cabina), Sandra Praça (Chefe de Cabina) e Mário Quintanilha (Comandante)

Uma viagem de saudade

O primeiro Fokker F-100 para a Portugália, empresa de transporte aéreo regular criada em 1990 por um grupo de pilotos portugueses que se reuniram em cooperativa chegou novo da fábrica, na Holanda. Fez o primeiro voo comercial com passageiros no trajeto Porto-Lisboa (voo NI101), no dia 7 de julho de 1990. A bordo viajaram nesse dia três jovens assistentes de bordo que estavam a começar a sua carreira na aviação comercial: André Seiz, Cristina Saraiva e Sandra Praça. Vinte e seis anos depois fizeram também o último voo do aparelho ao serviço da companhia.

Quanto aos pilotos não houve a possibilidade de repetir a mesma tripulação de cockpit, porque já não estão na companhia. Desta vez o comandante foi Mário Quintanilha Marques, piloto-chefe da frota dos F100 da PGA nos últimos quatro anos e o co-piloto foi Francisco Claro.

O comandante Mário Quintanilha completou a instrução de piloto na República da África do Sul e veio para Portugal, onde foi piloto da extinta Air Luxor, ingressando depois na PGA onde está desde há 20 anos somando um total de 10.000 horas de voo. O co-piloto Francisco Claro fez o curso na Holanda e entrou diretamente na Portugália onde está desde há 18 anos. Soma um total de 12.000 horas de voo.

Mário Quintanilha e Francisco Claro vão agora voar com os Embraer 190 da Portugália Airlines.

 

Presidente da Fokker Services presente no voo de despedida

No voo de despedida do F-100 CS-TPA participou o atual presidente da Fokker Services BV (empresa herdeira da fábrica de aviões Fokker, que já não fabrica aeronaves para transporte de passageiros) e Henk Jan De Koning, diretor comercial da mesma empresa, sempre acompanhados pelo engenheiro Luiz Plácido Lapa, um dos mais antigos quadros da Portugália Airlines e desde há vários anos a exercer as funções de diretor-geral.

Neste voo marcaram presença ainda alguns funcionários da PGA e quadros da ANA Aeroportos de Portugal, convidados a título pessoal, pois lidaram ao longo dos últimos anos com a operação dos Fokker em Lisboa. Uma referência particular para a Maria Alexandre, hoje supervisora operacional, que no dia 7 de julho de 1990 era oficial de operações e que teve o prazer de parquear o CS-TPA após a chegada do voo primeiro voo NI101.

 

Um dia histórico para a Portugália Airlines 

Este foi um dia histórico para a companhia, que assinalou o momento deixando um agradecimento especial a todos os que operaram, trabalharam e mantiveram o ‘Albatroz’, permitindo-lhe ser hoje o Fokker com mais horas de voo ao nível da frota F100 mundial, tendo atingido as 65.453 horas de voo, neste mês de novembro de 2016.

Após este último voo do ‘Albatroz’, a frota regional da TAP, que foi integralmente renovada ao longo deste ano e é constituída por modernas aeronaves Embraer 190 e ATR 72, passa a voar, na totalidade, com as cores da TAP Express, operando hoje a frota mais eficiente entre as companhias regionais da Europa.

 

Companhia regional bastante premiada

Como companhia aérea regional, a Portugália foi uma das mais premiadas do seu segmento, refletindo essas distinções o reconhecimento da sua excelência no serviço e no produto.  Entre 2001 e 2007, a Portugália foi premiada como a ‘Melhor Companhia Aérea Regional da Europa’ pela Associação das Companhias Regionais da Europa, a ERA.

Em 2007, a companhia passou a integrar a TAP e opera hoje sob a nova marca comercial TAP Express, lançada em Março deste ano no âmbito de um vasto projeto de uniformização da imagem comercial da TAP, reforçando a sua identidade operacional e garantindo uma maior consistência da marca e do produto.

 

Os seis aviões estão em ótimas condições operacionais

Os seis ‘Fokker F100’ que agora deixam o Grupo TAP vai continuar certamente a voar. Estão em ótimas condições mecânicas e aguentam, pelo menos, mais uma dezena de anos de serviço, disse ao ‘Newsavia’ Luiz Lapa, que se orgulha da condição em que se encontram os aparelhos. Uma opinião que também é partilhada pelos responsáveis da ‘Fokker Services’ que se deslocaram a Portugal para participar nesta celebração.

Peter Somers revelou-nos que existem atualmente em serviço um total de 96 aviões F100, além de mais 43 que estão parados a aguardar operador, mas que também se encontram em boas condições operacionais.

A fábrica holandesa Fokker construiu e entregou ao longo da sua história: 163 aviões F50/60, dos quais 82 estão a voar, 63 armazenados e 10 foram destruídos em acidentes; 45 aparelhos F70, estando 36 a voar e nove armazenados; e 149 aeronaves F100, das quais 96 estão a voar em diversas companhias mundiais, 43 armazenados e 10 foram destruídos. Estas informações foram facilitadas pela ‘Fokker Services BV’, que hoje presta assistência técnica e em reposição de peças aos aviões existentes.

 

  • Divulgamos em seguida um vídeo que foi publicado pelo Grupo TAP no canal YouTube e que resume a atividade dos Fokker na Portugália Airlines, a proósito do último voo do CS-TPA:

 

 

 

 

 

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