Força Aérea Brasileira transporta imigrantes venezuelanos para o interior do país

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A Força Aérea Brasileira (FAB) transportou na terça-feira, dia 3 de junho, mais um contingente de venezuelanos que solicitaram acolhimento no Brasil.

Um Boeing 767 do Esquadrão Corsário (2°/2° GT) da FAB descolou do Aeroporto de Boa Vista, no Estado do Roraima, no norte do Brasil, com destino a Recife (Pernambuco) e Rio de Janeiro. A operação integra-se no processo de interiorização da ‘Operação Acolhida’.

Dos 160 passageiros que seguiram no avião de transporte militar, 115 imigrantes cujo destino era Recife ficarão alojados nas cidades de Igarassu (Pernambuco) e Conde (Paraíba). Os restantes desembarcaram na cidade do Rio de Janeiro.

Esta será a primeira vez que essas três cidades recebem os voluntários da interiorização. Ao todo, já foram interiorizadas quase 530 pessoas para as cidades de São Paulo (SP), Cuiabá (MT) e Manaus (AM), com o apoio da Força Aérea Brasileira.

Missão gratificante para os pilotos da Força Aérea Brasileira

Um dos pilotos da aeronave, o major-aviador Marcos Fassarela Olivieri, considera a missão gratificante. Segundo ele, a tripulação do Boeing 767 se sentiu realizada por ajudar, em um só voo, dezenas de pessoas. “A expressão de contentamento no rosto de homens, mulheres e crianças é também um reconforto aos militares envolvidos na missão”, disse. Outro piloto, o tenente Edgard Gomes Almeida, concorda. “Essa missão é muito importante para nós, uma vez que fazemos parte de uma ação que contribui para dar um pouco mais dignidade para essas pessoas que estão precisando da nossa ajuda”, relatou o oficial.

Na oportunidade, o Esquadrão Corsário também realizou o transporte de mais de 50 militares da FAB e do Exército Brasileiro que participaram da ‘Operação Acolhida’ para seus locais de origem, concluindo mais uma etapa do processo de substituição do efetivo.




 

110 mil venezuelanos entraram no Brasil nos últimos dois anos

Desde março desse ano, a ‘Operação Acolhida’ busca reduzir os impactos da migração venezuelana no Estado de Roraima, por meio de um esforço conjunto de diversos ministérios, Forças Armadas, instituições federais, estaduais municipais e conta, ainda, com apoio de agências da ONU como a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM) e Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), além das ONGs de ajuda humanitária. De acordo com números da Polícia Federal, cerca de 110 mil venezuelanos cruzaram a fronteira entre os países entre 2017 e 2018 e mais de 50 mil vivem na capital.

Uma das vias dessa Operação é o processo de interiorização dos venezuelanos pelo território nacional. Sob coordenação da Casa Civil, da OIM (órgão da ONU com experiência mundial em realocação geográfica de grandes efetivos populacionais), os imigrantes voluntários passam por uma sessão de orientação sobre o processo de interiorização e as cidades de destino, realizam exame de saúde, são imunizados, abrigados na cidade de destino e acompanhados nos abrigos.

 

  • Texto com informações da Agência de Notícias da Força Aérea Brasileira e fotos do Cabo Feitosa da FAB




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