Um helicóptero de fabrico russo Mil Mi-8 das Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDSM), matrícula 079, despenhou-se no domingo, dia 14 de abril, pelas 15h00 locais (13h00 UTC), na vila de Mueda, na província de Cabo Delgado, no norte do país, confirmaram fontes militares. Registaram-se feridos ligeiros, que as autoridades disseram que foram atendidos em hospitais locais. O número de ocupantes não foi revelado.
Segundo um comunicado do Comando Conjunto das FDSM o aparelho regressava de uma missão de apoio logístico a posições militares governamentais na província, que tem sido assolada nos últimos meses por diversos incidentes de características terroristas, cuja responsabilidade tem sido atribuída por fontes governamentais em Maputo a grupos de insurgentes dinamizados por extremistas e radicais islâmicos. Já morreram cerca de 150 pessoas desde a eclosão dos ataques desses grupos em 2017.
A queda do helicóptero por razões que se desconhecem, mas que fontes admitem ter sido causada por uma avaria técnica, resultou em danos materiais avultados no aparelho e ferimentos ligeiros num número indeterminado de militares que seguiam a bordo. Fontes militares, não oficiais, admitem que o o piloto do helicóptero poderá ter feito um pouso de emergência, mal sucedido devido às irregularidades do terreno.
Uma comissão constituída por peritos da Força Aérea esteve no local do acidente e está a trabalhar num inquérito no sentido de apurar as reais causas do acidente aéreo.
O chefe da repartição de informação do comando-geral da polícia moçambicana, Cláudio Langa, deu uma conferência de imprensa ao início da noite de domingo, dia 14 de abril, em Maputo, na qual declarou expressamente: “Preliminarmente, tudo indica que se tratou de uma falha mecânica, mas uma equipa de peritos da Força Aérea foi destacada para o terreno para investigar as reais causas do acidente”.
As Forças de Defesa e Segurança de Moçambique (FDSM) foram criadas em agosto de 1994, na sequência dos acordos de paz negociados entre a Frelimo e a Renamo, e juntam os três ramos: Exército, Marinha de Guerra e Força Aérea.
- Na imagem de abertura vemos a posição em que ficou helicóptero envolvido no acidente em Mueda, no norte de Moçambique, fotografado após a queda. Foto © Hizidine Achá/Jornal ‘O País’, Maputo
- Notícia corrigida e atualizada em 16 de abril de 2019 – 16h00 UTC