A ANA Aeroportos de Portugal vai pagar à Força Aérea Portuguesa (FAP) 100 milhões de euros para a relocalização das aeronaves na sequência da construção do Aeroporto Complementar de Lisboa no Montijo, cujas obras são financiadas pela concessionária, anunciou nesta quarta-feira, dia 20 de fevereiro, o ministro da Defesa Nacional.
Além daquele montante, a ANA irá suportar as despesas com a reestruturação do aeródromo militar de Figo Maduro que ficará noutro local do Aeroporto Humberto Delgado, no valor de 28 milhões de euros, disse o ministro João Gomes Cravinho.
O governante português respondia a perguntas dos deputados na comissão parlamentar de Defesa Nacional, numa audição a requerimento do Partido Social Democrata (PSD) sobre as implicações para a operação da FAP da construção do Aeroporto Complementar na base aérea 6, no Montijo.
De acordo com o ministro, a concessionária suportará as “obras nas áreas concessionadas e também as obras nas bases de Beja e Sintra”, consideradas necessárias para receber as aeronaves que terão de sair do Montijo.
O governante anunciou a criação de uma “equipa de projeto” para “acompanhar de forma transversal todas as dimensões” da deslocalização das aeronaves da FAP.
O ministro frisou que o financiamento será disponibilizado apenas quando e se houver luz verde para avançar com a construção do novo aeroporto, ou seja, só depois do estudo de impacte ambiental.
“Não avançaremos com relocalização aeronaves sem ter a certeza que o novo aeroporto é no Montijo. Se não for no Montijo, a Força Aérea continuará lá (na base n.º 6)”, disse.
João Gomes Cravinho confirmou ainda que o Campo de Tiro de Alcochete vai manter-se, frisando que é compatível com o novo aeroporto, e permite uma poupança de cerca de 242 milhões de euros.