A construtora aeronáutica brasileira Embraer comunicou nesta terça-feira, dia 9 de abril, ao mercado que Francisco Gomes Neto, atual presidente executivo da fábrica de autocarros ‘Marcopolo’, será indicado ao Conselho de Administração para ocupar o cargo de presidente e diretor executivo da empresa, sucedendo a Paulo Cesar de Souza e Silva. A eleição do novo presidente ocorrerá em reunião do Conselho após a Assembleia Geral Ordinária (AGO) marcada para o próximo dia 22 deste mês.
Graduado em Engenharia Elétrica com especialização em Administração de Empresas e MBA em Controladoria e Finanças, Francisco Gomes Neto desenvolveu carreira na indústria automobilística em posições de CEO nos últimos 20 anos no Brasil e nos Estados Unidos. Nos últimos três anos, atuou como CEO do Grupo Marcopolo, no qual liderou o processo de transformação da companhia, gerando forte crescimento de vendas e valor de mercado do negócio. Anteriormente, foi CEO para as Américas da alemã ‘Mann+Hummel’ e presidente da ‘Knorr Bremse’ (líder mundial de sistemas de controle de veículos comerciais), entre outros.
“Com vasta vivência internacional e foco na gestão de empresas do setor industrial, tenho a certeza que Francisco Gomes Neto tem o perfil e competências certas para liderar a Embraer nesse momento de transformação da empresa e do setor aeronáutico global”, afirma Alexandre Silva, presidente do Conselho de Administração da Embraer, num comunicado de imprensa distribuído pela fábrica brasileira nesta terça-feira.
Após a AGO do dia 22 deste mês, Paulo Cesar de Souza e Silva, atual presidente executivo da Embraer, atuará como senior advisor do Conselho de Administração no processo de integração do novo presidente e no acompanhamento da segregação de ativos e recursos da aviação comercial até a conclusão do negócio com a Boeing.
A troca de liderança na Embraer ocorre num momento de grande movimentação na estrutura organizacional da fábrica brasileira de aviões, com a venda da divisão comercial para a Boeing, um acordo no qual a gigante norte-americana se compromete a pagar 4,2 mil milhões (bilhões no Brasil) de dólares norte-americanos.
O acordo de venda, no qual está previsto que a Boeing deterá 80% da nova companhia e a Embraer, 20%, ainda precisa de aprovação de órgãos reguladores. As duas empresas também devem fazer um joint venture específica para comercializar o KC-390, avião para transporte tático, logístico e de reabastecimento em voo, desenvolvido e fabricado pela Embraer Defesa e Segurança.