Mourato Nunes, presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) diz que haverá 50 meios aéreos disponíveis para combater os incêndios em Portugal.
O presidente da ANPC afirmou nesta quinta-feira, dia 3 de maio, na Comissão de Assuntos Constitucionais, na Assembleia da República, em Lisboa, que estão garantidos “50 meios aéreos desagregados nas seguintes tipologias: trinta e oito meios aéreos, helicópteros ligeiros, para projetar estas equipas de intervenção que possam cobrir todo o país rapidamente face à capacidade que os helicópteros têm. Um destina-se à Região Autónoma da Madeira; oito meios anfíbios, aviões de asa, médios, destinados a aumentar a capacidade de reação a incêndios com um potencial mais expressivo; e dois meios aéreos pesados para atuar preferencialmente em parelha, é um pouco a doutrina internacional, garantindo a intervenção em incêndios de grande dimensão”.
Helicópteros pesados Kamov continuam inoperacionais
Questionado sobre a denúncia do contrato de manutenção dos helicópteros pesados de fabrico russo Kamov, que estão ao serviço da ANPC, Mourato Nunes confirmou que não há nenhum desses helicópteros disponíveis nesta altura.
“A empresa de meios aéreos não fez atempadamente a revisão dos Kamov e a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) não prolongou o período de vida útil de alguns dos elementos que são fundamentais para a circulação do meio. E, como tal, nós não podemos ter os Kamov disponíveis. Esta é a a realidade. Não há nenhum Kamov disponível neste momento”, afirmou.
“Paralelamente”, acrescentou Mourato Nunes, “a ANPC apresentou a intenção e notificou a empresa – deu 10 dias úteis – de denunciar o contrato com a Everjets”.