A companhia aérea alemã Germania, com sede em Berlim, passa por grandes dificuldades financeiras, indicam analistas económicos, que alertam para um eventual colapso da empresa, se não for encontrado um investidor a curto prazo.
O alerta foi lançado nesta quarta-feira, dia 9 de janeiro, na imprensa alemã, depois de ter sido conhecido o comunicado distribuído pela empresa na terça-feira à noite, em Berlim.
A Germania diz que o ano de 2018 foi um grande desafio para a empresa, devido nomeadamente à alta dos preços dos combustíveis e à grande concorrência das companhias de maior dimensão, cuja competitividade acaba por esmagar as companhias mais pequenas e dedicadas a voos ponto a ponto.
No entanto, assegura a Germania, todos os voos programados para os próximos dias irão realizar-se, pois prosseguem sem restrições, enquanto a administração da empresa procura novos investidores que possam assegurar o futuro e a salvaguarda dos postos de trabalho.
O portal de aviação ‘aerotelegraph.com’ tinha anunciado que a Germania poderia ser vendida a outro grupo económico, ou, integrada numa outra companhia europeia. Nada de concreto ainda, em termos de negócio. O certo é que a Germania precisa de 20 milhões de euros nos próximos dias para sobreviver, refere o portal holandês. Nesta quarta-feira, a agência de notícias alemã DPA solicitou um comentário à companhia aérea, mas foi recusado.
A Germania é uma companhia aérea alemã com mais de 30 anos de história e transporta cerca de quatro milhões de passageiros por ano. Opera 37 aviões Airbus A320 e Boeing 737-700 e realiza essencialmente voos para agências de viagens transportando turistas de cidades europeias, com destaque para a Alemanha. Um dos seus maiores clientes é a TUI, o maior operador turístico mundial. Contudo, nos últimos anos, a TUI tem estado focada na reestruturação das suas próprias companhias aéreas (com COA – Certificado de Operador Aéreo de diversos países europeus) e muitos voos passaram a ser realizados pelos aviões do grupo de férias alemão.
Os problemas financeiros da Germania surgem após por uma recente série de falências de companhias aéreas na Europa. Os casos mais mediáticos e mais perturbadores foram em 2017 da Air Berlin e da companhia aérea britânica Monarch. Mas, no ano passado foram várias as empresas de menor dimensão que desmoronaram: Skyworks (Suíça), VLM (Bélgica), Small Planet e Azur Air (Alemanha), Cobalt (Chipre) e a escandinava Primera Air.
Potenciais investidores para a Germania incluem grandes grupos de aviação europeus como a Lufthansa, Ryanair, EasyJet ou o grupo IAG (British, Iberia e Aer Lingus, entre outras). Um porta-voz da EasyJet disse não querer comentar as especulações sobre a Germania neste momento.
Se tivesse um Banco para me financiar, podem crer que adquiria uma parte da Companhia Aérea, Excelente Companhia Aérea só a precisar uma gestão mais controlada e uma estratégia mais eficaz nas aposta das Rotas.