Gestores da Norwegian garantem apoio de obrigacionistas e outros sócios

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A companhia aérea de baixo custo Norwegian confirmou neste domingo, dia 3 de maio, que conseguiu o apoio de todos os detentores de obrigações ao seu plano de converter dívida em ações, etapa necessária para aceder a ajuda estatal que assegure a sua viabilidade.

Em comunicado ao regulador de mercado de Oslo, cidade capital da Noruega, a operadora aérea refere que a sua proposta “recebeu um sólido apoio dos obrigacionistas das quatro emissões, com um apoio combinado de 765 dos votos”.

“Graças ao diálogo construtivo e às negociações com os obrigacionistas e outros sócios, estou feliz por confirmar que alcançámos um acordo com os detentores de obrigações”, afirmou o presidente da Norwegian, Jacob Schram (imagem de abertura), citado no comunicado.

A prioridade agora é chegar a um acordo de ‘leasing’ com as empresas que fornecem os seus aviões, antes da reunião extraordinária de acionistas, prevista para esta segunda-feira, dia 4 de maio.

Este acordo, com 24 empresas que fornecem aviões à companhia, visa que estas renunciem a um mínimo de 500 milhões de dólares (462 milhões de euros), através da redução do aluguer desde julho e que o custo até junho seja coberto por ações em vez de dinheiro.

“Estamos a mais um passo de ter acesso às garantias creditícias estatais que são cruciais para atravessar esta crise”, acrescentou.

Com este plano, a Norwegian pretende aceder à segunda das três parcelas de ajuda do governo ao setor aéreo, um pacote de garantias de crédito de 6.000 milhões de coroas norueguesas (536 milhões de euros), metade para a principal companhia aérea norueguesa.

A Norwegian já fechou um acordo com os bancos nórdicos, o que permitará a entrada de 300 milhões de coroas (27 milhões de euros), mas necessita de um outro acordo com os credores e aumentar o capital próprio para aceder ao resto da ajuda.

Quatro empresas filiais que empregam pilotos e pessoal de cabina e prestam serviços à Norwegian apresentaram há duas semanas um pedido de falência, uma medida que afeta 1.571 pilotos e 3.134 pessoas que trabalham como pessoal de cabina (LINK notícia relacionada).

A companhia aérea atravessa uma situação financeira difícil há anos, agravada em 2019 pela proibição temporária dos voos dos Boeing 737 MAX e os problemas com os motores Rolls Royce.

A crise da pandemia do covid-19, que afeta todas as companhias aéreas mundiais, colocou agora em dúvida a viabilidade da companhia aérea.

A Norwegian teve de cancelar 85% dos seus voos e suspender temporariamente o emprego de 90% do seu pessoal a meio do mês de março.

A próxima reunião com os detentores de obrigações está agendada para 18 de maio.

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