A companhia brasileira GOL Linhas Aéreas chegou a acordo com a Boeing para a desistência de 34 pedidos firmes da encomenda de 129 aviões Boeing 737 MAX, que chegariam nos próximos anos ao Brasil.
Os sete aviões daquele modelo que a companhia tinha recebido e que já voavam ao seu serviço, foram estacionados em março de 2019, devido à proibição da Autoridade Federal de Aviação dos EUA (FAA), seguida por todas as autoridades nacionais de aviação, que surgiu na sequência de dois acidentes aéreos com causas então pouco explicadas, mas que se atribuíam a deficiências de construção que afetavam a segurança das aeronaves.
O acordo com a construtora aeronáutica norte-americana, em relação ao B737 MAX, inclui uma compensação em dinheiro e alterações em pedidos futuros e pagamentos associados. A companhia opera uma frota única de aeronaves Boeing e, até o momento, recebeu e operou mais de 250 aviões B737, nomeadamente os de Nova Geração (versões 700 e 800).
“A GOL continua totalmente comprometida com o 737 MAX, que será o núcleo da sua frota futura e este acordo reforça ainda mais a nossa longa e bem-sucedida parceria com a Boeing”, disse Paulo Kakinoff, diretor presidente da GOL, citado num comunicado distribuído na semana passada pela companhia.
A parceria entre a GOL e a Boeing provê compensação e flexibilização à companhia para implementar requisitos dinâmicos da frota para equilibrar oferta e demanda. O acordo, com detalhes confidenciais, é composto por compensação em dinheiro e o cancelamento de 34 pedidos firmes para as aeronaves B737 MAX, diminuindo de 129 para 95 e aumentando a flexibilidade para atender as necessidade futuras de frota da companhia aérea brasileira, que detinha até início deste ano a maior quota de mercado no transporte doméstico de passageiros no País.