O Governo Federal do Brasil concorda com o pedido de desactivação do Aeroporto do Campo de Marte, em São Paulo, e dedicado à aviação executiva, noticiou a revista ‘Aero Magazine’ na sua última edição.
O ministro-chefe da Secretaria da Aviação Civil (SAC) do Brasil, Moreira Franco, esteve na sede da Prefeitura de São Paulo em Fevereiro último, juntamente com o presidente da Infraero, Gustavo do Valle, e disse que aceitava o pedido feito pelo prefeito Fernando Haddad, “que pretende acabar com as operações de aviões no aeródromo para construir mais prédios em uma cidade já saturada por sua concentração demográfica”, refere a revista.
O objectivo do prefeito é restringir os voos no aeroporto apenas aos helicópteros, conforme já tinha solicitado no ano passado às autoridades federais competentes.
Apesar da anuência, a SAC descartou a possibilidade de autorizar a desactivação de Campo de Marte antes da inauguração dos dois aeroportos voltados para aviação geral e executiva em São Paulo, que serão construídos em Parelheiros e em São Roque. A SAC também acaba de conceder a outorga de aeroporto público a um terceiro aeródromo paulista, o Aerovale, em Caçapava (São Paulo), próximo a São José dos Campos, que poderá ser explorado comercialmente.
“A ABAG (Associação Brasileira de Aviação Civil) e os actuais operadores do Campo de Marte estão fortemente contra a decisão. O Campo de Marte, aliás, é tido como uma das opções para sediar a ‘Labace 2014’, embora haja uma mobilização do ‘trade’ para reverter a decisão da Infraero de vetar a realização da principal feira de aviação executiva da América Latina no Aeroporto de Congonhas. Nos bastidores, muitos ainda defendem que a feira seja onde sempre foi”, acrescenta a ‘Aero Magazine’.´
O Brasil tem a segunda maior frota de helicópteros do mundo e uma das maiores frotas de aviões executivos. São Paulo é a cidade mais importante do Brasil, quer em termos de negócio, quer de população. O Estado de São paulo tem mais de 45 milhões de habitantes e a Cidade de São Paulo, constituída por toda a zona metropolitana tem mais de 20 milhões. É o maior centro fiannceiro e económico da América Latina e a sexta maior cidade do mundo.