As greves dos profissionais de segurança que prestam serviço nos aeroportos portugueses está a preocupar o Governo Regional da Madeira que se tem desdobrado em contatos com as entidades nacionais e com os sindicatos, numa tentativa de evitar essas paralisações, já que afetarão o movimento de passageiros para a ilha da Madeira e do Porto Santo. A situação é ainda mais grave, porque perturbará a chegada de turistas que se deslocam para celebrar a Passagem do Ano, que é o maior cartaz turístico da Região Autónoma no período de Inverno, suportado pelo espectáculo de fogos de artifício no anfiteatro da baía da cidade do Funchal, que é um dos mais belos do mundo.
A Secretaria Regional da Economia, Turismo e Cultura do governo autónomo da região portuguesa anunciou que voltou a insistir nesta quinta-feira, dia 15 de dezembro, junto da AES – Associação de Empresas de Segurança, no sentido de evitar que esta paralisação se concretize, dado o impacto altamente negativo que dela decorre para a Região (LINK notícia relacionada).
Na resposta ao ofício enviado pela secretaria regional, na passada segunda-feira, o SITAVA sublinhou que tudo fará para que se chegue a um acordo, mesmo que intermédio, tendo informado que já intercedeu junto do Estado Português para que fosse encontrada uma solução.
Relembrando os graves prejuízos sociais e económicos que esta paralisação poderá vir a traduzir, dados os constrangimentos que se antecipam no funcionamento normal dos aeroportos e na resposta que é devida aos passageiros, o secretário regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, reitera que a Região está a acompanhar o processo e que «tudo está a fazer para minimizar esta posição».
«Esta greve é claramente desfavorável e prejudicial à salvaguarda dos interesses desta Região e, a concretizar-se, causará um impacto que nada abona a favor da nossa economia e presença externa», sublinhou Eduardo Jesus, admitindo que a mesma «venha a afetar a imagem e a notoriedade do destino no mercado, sobretudo numa altura em que, como é do conhecimento público, a procura é elevada».
Recorde-se que, paralelamente à preocupação manifestada, na missiva enviada ao Governo da República, Eduardo Jesus, fez questão de alertar para que, a ser concretizada esta greve, fossem fixados, na maior brevidade possível, os serviços mínimos que decorrem da lei, os quais, no caso da Madeira, «devem corresponder ao normal funcionamento da infraestrutura em causa e devem ser imediatamente comunicados», procurando-se evitar, com isso, quaisquer cancelamentos na programação para este período.