O governo da República de Cabo Verde alertou os responsáveis pela gestão da companhia aérea nacional TACV/Cabo Verde Airlines, para “corrigir” as falhas que estão na origem de cancelamento de voos nos últimos dias, considerando que o objetivo é a “excelência” nos transportes aéreos no País.
“As falhas podem acontecer, devem ser corrigidas, nós temos de trabalhar para evitá-las”, respondeu nesta sexta-feira, dia 10 de abril, o vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças cabo-verdiano, Olavo Correia, quando questionado, na cidade da Praia, sobre os vários cancelamentos de voos da TACV na semana.
Em fevereiro passado, a TACV, que realizava apenas ligações internacionais, regressou aos voos interilhas e, desde finais de abril, é a única que faz as ligações domésticas, depois da saída da companhia BestFly, que tinha a concessão da TICV – Transportes Interilhas de Cabo Verde desde 2021.
O vice-primeiro-ministro disse que já há “um comando” para a companhia estatal evitar as falhas recentes. O objetivo é chegar a um “nível de excelência” na regularidade e frequência dos transportes aéreos no arquipélago.
Até ao momento, a companhia ainda não deu nenhuma explicação oficial sobre o que está na origem dos cancelamentos de voos dos últimos dias.
Questionado sobre os custos da operação de regresso da TACV aos voos domésticos, o ministro disse que as ligações interilhas podem ser feitas numa lógica de sustentabilidade e que não há necessidade de recursos adicionais do Estado.
“É uma operação que tendencialmente é sustentável, temos mais aumento da procura por Cabo Verde”, salientou, dando como exemplo o anúncio, esta semana, da EasyJet para o início de voos de baixo custo para o arquipélago a partir de outubro, desde os aeroportos de Lisboa e do Porto, em Portugal.
Olavo Correia remeteu para os “próximos dias” o anúncio de soluções. “Estamos a trabalhar com a máxima urgência, tendo em conta o aspeto crítico dos transportes” domésticos, referiu o governante.