A companhia cabo-verdiana TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde foi autorizada pelo governo a contrair um empréstimo de quatro milhões de dólares (cerca de 360 mil contos) junto da Caixa Económica.
O governo de Cabo Verde, através da Direcção Geral do Tesouro, avalizou o empréstimo considerando que a operação “é de interesse público porque vai permitir a subsistência das aeronaves”.
A TACV é uma das empresas públicas da República de Cabo Verde que regista maiores prejuízos acumulados. O portal de informação económica dos países da comunidade de língua oficial portuguesa ‘Macau.hub’ refere hoje que o défice da transportadora aérea de Cabo Verde é da ordem dos 70 milhões de dólares, contribuindo para isso as elevadas despesas com ordenados e combustível.
Recentemente o governo confirmou que estava a negociar com a companhia chinesa OKay Airlines a privatização da empresa aérea. Empresários angolanos que estavam de visita ao arquipélago também manifestaram interesse na TACV, alguns dias depois do anúncio do executivo cabo-verdiano.
No Verão de 2012 a TACV alugou à International Lease Finance Corporation (ILFC) dois aviões Boeing 737-800, que são utilizados nas rotas dentro do continente africano e nos voos para Portugal.
A gestão da companhia aérea tem sido um assunto em foco nos últimos anos. As opiniões dividem-se em Cabo Verde, mas o essencial é que é necessário preservar a transportadora, por ser um instrumento estratégico para o desenvolvimento e para as acessibilidades inter-ilhas. É urgente habilitar a TACV para voar mais e de forma rentável, já que se verifica no arquipélago um ‘boom’ turístico potenciado pelos milhões de dólares de investimentos de grupos internacionais em ‘resorts’ que têm diversificado a oferta e aberto o mercado a um número crescente de clientes internacionais, nomeadamente oriundos da Europa.