Carlos Mesquita, ministro dos Transportes e Comunicações da República de Moçambique, disse nesta quarta-feira, dia 1 de agosto, em Maputo, que a nova direção da LAM – Linhas Aéreas de Moçambique tem 18 meses para restruturar a companhia aérea, que se debate com uma grave crise financeira.
“A direção-geral tem 18 meses para implementar um plano de reestruturação da empresa e o ideal era que encurtasse os prazos para essa operação”, afirmou Carlos Mesquita, em declarações aos jornalistas.
Os novos gestores da LAM devem delinear um plano que torne a gestão da transportadora mais eficiente, acrescentou.
Carlos Mesquita adiantou que a indicação no mês passado de um diretor-geral (o engenheiro João Carlos Po Jorge), coadjuvado por diretores de área, implica a eliminação do conselho de administração e da comissão executiva e o regresso a um modelo de gestão usado há 20 anos.
“A função do conselho de administração passa, essencialmente, a ser exercida pelos acionistas”, afirmou.
O Governo moçambicano, através do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE), dissolveu em julho o Conselho de Administração da LAM, indicando para o seu lugar uma direção-geral.
A dissolução do conselho de administração foi deliberada em assembleia-geral extraordinária convocada para analisar a situação da LAM, numa altura em que a transportadora enfrenta graves problemas financeiros. A transportadora é detida, maioritariamente, pelo Estado, e pelos gestores, técnicos e trabalhadores.
A companhia aérea de bandeira moçambicana foi obrigada em várias ocasiões a cancelar voos por falta de combustível, devido ao corte de abastecimento por parte dos fornecedores, devido à falta de pagamento.