O ministro das Infraestruturas e Habitação admitiu esta quinta-feira, dia 4 de novembro, na Assembleia da República, que o Governo não fecha a porta à realização de uma avaliação ambiental estratégica do projeto de construção do Aeroporto do Montijo, que o Governo pretende construir nas atuais instalações da Base Aérea nº6 da FAP, na margem sul do Rio Tejo.
A notícia foi adiantada na edição online do jornal ‘Público’, que escreve que o ministro Pedro Nuno Santos em resposta à deputada do PAN, Inês de Sousa Real, admitiu que há um antes e um depois da pandemia no que toca à pressão sobre a capacidade aeroportuária: “No pré-covid (agora estamos noutro mundo), tínhamos uma capacidade aeroportuária esgotada e o aeroporto Humberto Delgado estava já a recusar muitos voos, o que significava que estávamos a perder muitas receitas para vários sectores da economia nacional”.
“A urgência fazia com que nós não perdêssemos mais tempo na necessidade de expandir a capacidade aeroportuária da região de Lisboa”, disse Pedro Nuno Santos, que foi ouvido conjuntamente pelos deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação no âmbito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2021.
Embora a pandemia não ponha fim à necessidade de aumentar a capacidade dos aeroportos portugueses, “dá-nos algum tempo para ponderarmos a possibilidade da avaliação ambiental estratégica”, adiantou o ministro à deputada do PAN, que o questionou sobre a disponibilidade do Governo para “acautelar esta preocupação” ambiental.