Governo diz que a TAP não tem condições para reverter cortes salariais

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, que também tutela o sector dos Transportes, avisou nesta sexta-feira, dia 24 de junho, que é necessário “respeitar o plano de reestruturação da TAP, não estando a empresa em situação de reverter os cortes salariais aprovados”.

“O Governo não negoceia, quem negoceia é a administração da TAP, mas o Governo continuará a explicar e a sensibilizar para a importância de nós sermos todos firmes na concretização do plano reestruturação do qual depende a sobrevivência da companhia aérea onde eles trabalham”, disse Pedro Nuno Santos à margem da cerimónia oficial em Lagos, no Algarve, sul de Portugal.

Para o responsável governamental, a TAP “não está propriamente em situação financeira que lhe permita reverter os cortes que foram fundamentais e que são fundamentais para sustentar a recuperação da empresa”.

“Nós esperamos que consigamos ter a paz social na TAP, que a companhia aérea precisa e que o país merece”, afirmou Pedro Nuno Santos, recordando que “os portugueses fizeram um investimento massivo para salvar uma companhia aérea que é muito importante para a economia nacional”.

O ministro sublinhou que o Governo “não ignora” e “valoriza” o esforço dos trabalhadores da companhia de aviação, “entre eles os pilotos, para salvar a empresa…”.

“Nós não esperamos outra coisa que não seja o cumprimento desses acordos de emergência”, insistiu Pedro Nuno Santos, acrescentando que a administração da TAP poderá “negociar alguns ajustamentos possíveis”, desde que estes “não ponham em causa” a situação da empresa ou os planos de reestruturação.

O governante lembrou que os contribuintes investiram até 3,2 mil milhões de euros na companhia aérea e que agora esperam “da parte de quem vive e trabalha na TAP o respetivo esforço”.

Pedro Nuno Santos reconheceu que 2019 foi o melhor ano para a companhia aérea e o turismo nacional, mas que nesse ano a empresa “teve prejuízo” e que, portanto, “não basta voltar aos níveis de atividade de 2019 para se poder repor” as condições de trabalho que se tinham antes desse ano.

 

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