Governo diz que vai “exigir” à TAP que assegure ligações à Diáspora portuguesa

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O Governo Português vai exigir à TAP que garanta, no processo de privatização da companhia, o serviço e as ligações às comunidades portuguesas, disse nesta sexta-feira, dia 28 de julho, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo.

“Eu terei na segunda-feira de manhã uma reunião com o administrador da TAP, precisamente para acompanhar todo este processo de privatização, mas também para exigir que a TAP possa ligar as comunidades”, adiantou Paulo Cafôfo.

O secretário de Estado falava no Funchal (ilha da Madeira), no Fórum Madeira Global 2023, uma reunião anual da diáspora madeirense, organizada pelo Governo Regional da Madeira, que contou também com presença do chefe do executivo madeirense, Miguel Albuquerque.

Paulo Cafôfo, que é madeirense e ex-líder o PS/Madeira, apontou que as ligações aéreas são fundamentais “no reforço e vínculo com a diáspora”, defendendo que a TAP terá “um papel fundamental” em assegurar a ligação entre Portugal e as suas comunidades, independentemente da privatização.

O secretário de Estado reforçou que, “seja qual for o destino da TAP”, será “sempre uma companhia de bandeira portuguesa” e, como tal, tem de “garantir o serviço às comunidades portuguesas”.

“No caderno de encargos, isto deve ser um fator essencial nesta privatização da TAP”, enfatizou.

“Não por uma questão de favor. A TAP tem de aproveitar a oportunidade comercial onde temos grandes comunidades e a partir daí alavancar rotas que são rentáveis”, defendeu.

O governante acrescentou que “era muito importante” que a Madeira tivesse ligações aéreas diretas com a Venezuela e com a África do Sul.

Paulo Cafôfo sublinhou também que a diáspora portuguesa “é um exemplo para o país” e o Governo português “só tem o dever de apoiar este impulso e inspirar-se em gente que tem feito das adversidades uma oportunidade”.

“Tomara que quem vive no nosso país tivesse a coragem, a determinação, o empenho e a capacidade de trabalho que tem esta nossa diáspora”, frisou.

Antes do discurso do secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa da Madeira, Rui Abreu, afirmou que “a TAP tem de cumprir com a sua função estratégica de ligação territorial” com a diáspora madeirense.

“Não se compreende que ainda hoje não haja uma ligação direta entre Caracas e o Funchal quando 90% dos portugueses da Venezuela são madeirenses e quando há três ligações regulares semanais para Lisboa. Bastava que uma delas tocasse na Madeira antes de seguir para Lisboa”, disse.

O diretor regional lamentou também que não existam, desde há 12 anos, voos diretos da TAP entre Portugal e África do Sul, um país “com quase meio milhão de portugueses”.

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