Governo e ANA assinam contrato para construção do Aeroporto Complementar do Montijo

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O Estado Português e a ANA – Aeroportos de Portugal assinam nesta terça-feira, dia 8 de janeiro, um acordo sobre o modelo de financiamento para a construção do novo Aeroporto Complementar do Montijo, que surgirá da remodelação da atual Base da Força Aérea Portuguesa instalada no local, e para algumas obras no atual Aeroporto Humberto Delgado, na Portela (Lisboa), que permitirão o aumento de movimentos na infraestrutura.

A cerimónia decorrerá pelas 15h00, na base da Força Aérea no Montijo, com a presença do primeiro-ministro, António Costa; do presidente executivo da Vinci Concessões, Nicolas Notebaert; e do presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do grupo Vinci Airports, Xavier Huillard.

Todos os custos de investimento para aumento da capacidade aeroportuária da cidade de Lisboa serão suportados pela ANA, entidade que terá sugerido a transformação da Base Aérea do Montijo para solução mais imediata do problema da acessibilidade aérea à capital portuguesa.

Segundo explicou recentemente à agência de notícias ‘Lusa, o presidente da Câmara Municipal do Montijo, Nuno Canta, o documento assegura “o cumprimento do caderno de encargos” solicitado pelo município, o que inclui a construção de uma circular externa no Montijo, de um novo acesso à Ponte Vasco da Gama, da Variante da Atalaia, de duas avenidas de ligação ao Cais do Seixalinho e a melhoria dos transportes públicos.

“Sabemos que está incluído porque temos vindo a conversar com o Governo e com a própria ANA. Todas são necessárias ao Montijo na conexão com o aeroporto”, frisou.

O autarca revelou ainda que neste acordo “se conseguiu assegurar as verbas necessárias à deslocalização da estrutura militar”.

Em novembro, o ministro do Planeamento e Infraestruturas, João Gomes Cravinho, já tinha informado que a deslocalização das aeronaves da Base Aérea n.º 6 custaria “cerca de 200 milhões de euros” e que seria “assegurado através da contratualização com a ANA e a Vinci”.

Nuno Canta frisou a importância do novo aeroporto a nível nacional, mas espera que traga crescimento económico, emprego e melhoria da atividade turística ao Montijo e ao distrito de Setúbal.

“Há uma expectativa de que as obras se iniciem ainda este ano, mas nestas coisas nunca sabemos se é assim ou não. Mas há essa expectativa e que esteja em funcionamento em 2022”, disse.

O acordo vinculativo entre a ANA – Aeroportos de Portugal e o Estado estava previsto para outubro, segundo o calendário do memorando de entendimento, que indicava ainda o final de 2018 para a ANA entregar os elementos adicionais que a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) requereu para o Estudo de Impacte Ambiental (EIA).

No ano passado, multiplicaram-se os argumentos, as críticas e as discussões políticas e sociais em torno da nova infraestrutura do Montijo.

 

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