O ministro português da Economia defende que, apesar da guerra na Ucrânia e do aumento do preço dos combustíveis, há condições para uma subida da procura pelo transporte aéreo, tendo a TAP como protagonista, o que devolverá ao país o investimento realizado.
“É verdade que novas atribulações se apresentam no horizonte com a situação de guerra na Europa, que terá consequências ao nível do preço dos combustíveis e da procura, mas estamos convencidos que apesar dessa instabilidade, há condições para assistirmos ao próprio crescimento pela procura do transporte aéreo e estamos convencidos de que a TAP continuará a ser protagonista disso, devolvendo ao país o investimento significativo que nela fizemos”, afirmou Pedro Siza Vieira, que falava no stand da TAP Air Portugal na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL).
Na sua intervenção, o governante destacou a “história longa e atribulada” da companhia aérea, mas também o respetivo serviço a Portugal e aos portugueses.
Conforme apontou, ao longo de 77 anos, a TAP passou “por uma evolução muito grande”, constituindo-se como uma companhia que assegura uma “parte substancial” do transporte aéreo no mercado do atlântico.
Siza Vieira sublinhou que esta é uma empresa “que serve o país e a economia”, assegurando a conectividade internacional de Portugal.
“Se muitas companhias aéreas voam para o nosso país, grande parte do que liga Portugal a outros continentes é oferecida pela TAP, que se constitui como uma grande empresa, que puxa pela economia nacional e pelas outras empresas, que são suas fornecedoras”, acrescentou.
O ministro da Economia vincou que tal justifica o “grande investimento” que o país fez na TAP, à semelhança do que muitos Estados tiveram que fazer para apoiar o setor aéreo “em momentos difíceis”.
Pedro Siza Vieira esteve nesta quinta-feira, dia 17 de março, no pavilhão da TAP na BTL, onde participou num brinde pelos 77 anos da companhia aérea portuguesa, junto a presidente executiva da empresa, Christine Ourmièrs-Widener, outros diretores da companhia aérea e de visitantes profissionais da mais importante feira portuguesa de turismo e viagens.
O governante responsável pela tutela da Economia em Portugal terminou a sua intervenção desejando que estes sejam “tempos de esperança, construção de futuro” e também o início de um novo “ciclo virtuoso” para a TAP.
TAP terá 1.200 partidas por semana no Aeroporto de Lisboa
A presidente da Comissão Executiva da companhia aérea fez no início da sessão uma intervenção de saudação aos visitantes do pavilhão da companhia, tendo abordado o trabalho que está a ser feito para recuperar a TAP com o apoio do Governo e dos trabalhadores da empresa.
Christine Ourmièrs-Widener manifestou-se satisfeita com os resultados que estão a ser alcançados, nomeadamente na reposição de rotas e da oferta, depois de dois anos de pandemia. Revelou que neste Verão a TAP terá 1.200 voos semanais à partida de Lisboa, com assinaláveis crescimentos no tráfego para a Europa (mais 44%), África (mais 20%) e América do Norte (mais 12%). Destacou ainda as pontes aéreas de Lisboa para os aeroportos do Porto, Madrid e Madeira, serviços que apontam para as necessidades específicas destes mercados.
Num momento em que o turismo europeu está a virar-se para o Ocidente, Christine Ourmièrs-Widener assinalou ainda o sucesso de duas operações regulares da TAP que estão ativas e que apresentam níveis de reservas muito satisfatórios para o próximo Verão IATA, que são Cancun (México) e Punta Cana (República Dominicana), não só com passageiros portugueses, como também originários de outras países europeus.