A entrada e cotação da companhia aérea TAP na Bolsa de Valores de Lisboa não está nos planos do Governo Português para este ano, confirmou na semana passada o secretário de Estado Adjunto e das Comunicações.
“Não está previsto [para 2020]. Sei que isso está previsto no contrato de privatização. Está sujeito a um conjunto de condições (…) mas, neste momento, essas condições não estão criadas e se estiverem criadas será uma situação concertada entre todos os acionistas. E o governo não deixará de defender os seus interesses”, disse o secretário de Estado Alberto Souto de Miranda, em declarações aos jornalistas à margem da cerimónia de encerramento das comemorações dos 20 anos da NAV Portugal.
Em março do ano passado, aquando da apresentação de resultados da companhia área, David Neeleman, um dos sócios do consórcio ‘Atlantic Gateway’, que detém 45% do capital da companhia aérea portuguesa, admitiu que a empresa estava a trabalhar no sentido de dispersar capital em bolsa em 2020. Posição semelhante manifestou em junho, após a emissão de obrigações que transportadora aérea realizou.
Quanto aos resultados da TAP, relativos ao ano de 2019, Alberto Souto de Miranda sublinhou que o Executivo não tem “ainda informação sobre os resultados finais. A empresa ainda não os disponibilizou”, salvaguardando que, tipicamente, os últimos meses do ano são mais favoráveis para a atividade das companhias aéreas, visto que engloba o período de verão e de festividades natalícias. Nos primeiros nove meses de 2019, a companhia anunciou prejuízos de mais de 100 milhões de euros.