O ministro português das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou nesta terça-feira, dia 30 de junho, que “a TAP é demasiado importante para o País para a deixarmos cair”. O governante falava numa audição da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação da Assembleia da República, em Lisboa.
“Quando falamos sobre a TAP, não podemos ficar limitados ao resultado da TAP enquanto empresa”, porque “quase 90% dos nossos turistas chegam por via aérea, e metade chegam pela TAP”, que é ainda “um instrumento de desenvolvimento nacional, de promoção de emprego”, disse.
O ministro referiu que o Estado apresentou uma proposta com as condições para um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, que não teve o número suficiente de votos na reunião do Conselho de Administração da empresa realizada na segunda-feira, dia 29 de junho.
A Comissão Europeia aprovou no passado dia 10 de junho um auxílio de emergência português à TAP, um apoio estatal de 1.200 milhões de euros para responder às necessidades imediatas de liquidez com condições predeterminadas para o seu reembolso.
Uma vez que a TAP já estava numa débil situação financeira antes da pandemia de covid-19, a empresa não pode receber a ajuda estatal ao abrigo das regras mais flexíveis estabelecidas pelas União Europeia para as empresas afetadas pelas consequências da pandemia.
Embora alguns jornais e estações de televisão em Portugal estejam nesta terça-feira a adiantar que a TAP pode ser nacionalizada, em resultado deste desacordo entre os acionistas, nada está decidido. Na tarde desta terça-feira, decorre uma reunião de Assembleia-geral da TAP SGPS SA, que está a discutir as contas do primeiro trimestre do grupo aéreo português (LINK notícia relacionada) e na qual, provavelmente, a questão de uma eventual nacionalização (ou não) deverá ser também abordada.