O processo de privatização do negócio internacional da TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde deverá ficar concluído até ao final do primeiro trimestre de 2018 depois de se efetuar a avaliação da companhia, disse o ministro das Finanças do Governo da República de Cabo Verde, depois de ter sido ouvido por deputados da Comissão Especializada de Finanças e Orçamento do parlamento.
O ministro Olavo Correia disse ainda que a avaliação deverá ficar pronta no início de 2018, pretendendo o governo ultimar o processo rapidamente, “uma vez que quanto mais depressa ficar concluído, melhor para todos”, de acordo com notícias publicadas esta semana pela imprensa do arquipélago-estado africano.
A TACV está a ser gerida ao abrigo de um acordo com a Icelandair, grupo islandês que o ministro admitiu poderá ser o parceiro estratégico na privatização do negócio internacional da empresa pública de transportes aéreos de Cabo Verde.
Durante a audição parlamentar, o ministro recordou o estado de “falência” em que o governo atual encontrou a TACV, com 30 milhões de euros de prejuízos anuais, dizendo que a liquidação da companhia era um dos cenários, mas que custaria cerca de 60 milhões de euros aos contribuintes.
Por isso, disse que o governo realizou uma “operação de alto risco”, mas até agora “bem-sucedida”, com a reestruturação, em que a outra componente foi ceder os voos domésticos em exclusivo à Binter Cabo Verde, a troco uma parcela de 30% do capital social da empresa.
O memorando com a Binter Cabo Verde prevê que, além dos 30% correspondentes à valorização das rotas domésticas, o Estado possa ainda adquirir mais 19% do capital, com Olavo Correia a garantir que essa participação estatal é transitória e que depois será alienada, “uma vez que o governo não quer ter uma nova empresa pública no sector dos transportes aéreos, nem domésticos nem internacionais”.