Governo quer utilizar os C-130 da FAP no combate a fogos florestais – Estudo está feito  

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Os aviões Lockheed C-130-30 Hercules que ainda estão ao serviço da Força Aérea Portuguesa (FAP) poderão vir a estar de novo envolvidos no combate aos fogos florestais, segundo declarações do ministro da Defesa na Assembleia da República nesta sexta-feira, dia 10 de novembro.

O ‘Jornal de Notícias’, que se publica na cidade do Porto, revela na sua edição digital que o envolvimento destas aeronaves integra já o estudo pedido à FAP pelo Governo no sentido de um maior envolvimento nos incêndios.

O estudo foi entregue pela FAP ao ministro Azeredo Lopes na passada semana, depois de o primeiro-ministro António Costa ter dito que ia haver um maior empenhamento das Forças Armadas nos fogos. Logo depois, Azeredo Lopes pediu à FAP um estudo detalhado sobre os meios disponíveis e o futuro empenhamento, um relatório que está agora concluído.

Os C-130 iriam ser abatidos com a vinda dos KC-390, a partir de 2021, mas agora, face aos incêndios do Verão passado, o cenário está a mudar. Por determinação ministerial e face à possibilidade dos C-130 participarem no combate aos fogos florestais, a FAP está a fazer a reavaliação da frota – o site da Força Aérea diz que a Esquadra 501 ‘Bisontes’ sediada na Base Aérea do Montijo tem apenas três aeronaves desse modelo –, no sentido de verificar quantos C-130 poderão ser disponibilizados para a missão e quais os custos financeiros da reconfiguração.

O objetivo é aumentar a frota de aviões pesados do Estado com capacidade para apoiar a Proteção Civil, uma vez que dois KC-390 irão ser dotados com kits para lançamento de calda retardante ou água. O intuito é manter também dois ou três C-130 com a mesma capacidade, da atual frota, em vez de os alienar, como esteve previsto antes dos incêndios deste Verão no continente português.

Os C-130 chegaram a estar dotados com kits para incêndios florestais, tendo alguns aparelhos voado em missões de combate até 1993. Os aviões eram usados não no ataque direto mas no indireto, no sentido de criar zonas negras para impedir a progressão do fogo. No entanto, setores da Proteção Civil entenderam que essa não era a melhor estratégia, parando a operação, o que abriu caminho à contratação de mais meios aéreos pesados a empresas privadas.

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