Grave falta de pilotos ameaça companhias asiáticas

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Para suprir a falta de pilotos, as companhias aéreas chinesas estão a adquirir escolas de aviação e procuram atrair talentos de outras companhias, o que tem afetado os concorrentes de outras regiões.

Atualmente, a aviação chinesa está em franco crescimento, “havendo mais aeronaves que pilotos”, acrescenta Paul Lebely, advogado especializado em aviação em Hong Kong.

Segundo a IATA, até 2022, a China será o maior mercado de viagens aéreas do mundo. A fabricante de aeronaves Boeing, prevê que serão precisos 110 mil novos pilotos até 2030 e que o número de aeronaves adquiridas rondará as 7 mil, nos próximos 20 anos.

No ano passado, o mercado chinês cresceu 13%, com 549 milhões de passageiros. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento da classe média, pela expansão das rotas pelas companhias chinesas e, ainda, por uma redução nas restrições de vistos, pelos países que pretendem atrair turistas chineses.

Para se ter uma ideia, o número de pilotos quase dobrou, entre 2011 e 2017, havendo uma expansão das ações de recrutamento e treinamento, por parte das principais companhias chinesas.

Murray Butt, presidente da Australian and International Pilots Association, afirma que algumas companhias chinesas oferecem pacotes salariais isentos de impostos, o que pode chegar ao dobro do valor oferecido pelas companhias aéreas ocidentais.

As companhias aéreas da China têm intensificado os seus esforços para desenvolver talentos locais, mas a existência de apenas 22 escolas de pilotos e as restrições de uso do espaço aéreo doméstico, fazem com que estas companhias busquem, cada vez mais, o estabelecimento de parcerias com escolas estrangeiras.

No ano passado, quase metade dos 5.053 pilotos inscritos em escolas de treinamento da China foram treinados em escolas estrangeiras de países como o Canadá, os EUA e a Austrália.

A China Eastern que, em 2014, comprou metade da subsidiária australiana da CAE, agora treina 150 pilotos e planeia dobrar a oferta, após investir cerca de US$ 50 milhões nas novas instalações, ainda em construção.

A Qantas pretende abrir, no próximo ano ,a maior escola de voo da Austrália, com capacidade para treinar 500 pilotos, entre australianos e candidatos de outras nacionalidades, incluindo chineses.

Existe um consenso entre os especialistas, ao afirmarem que a falta de pilotos tem sido impulsionada pela ascenção do mercado do transporte de baixo custo, tendo como consequência, o crescimento na procura de viagens.

Exemplos como o da Emirates, que cancelou voos e tem aeronaves paradas por falta de pilotos e como a Ryanair, que teve de alterar os acordos de pagamentos para não perder profissionais, demonstram que a falta de tem ameaçado as metas de crescimento do setor aéreo a nível mundial.

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