A TAP Portugal está a realizar mais voos do que aqueles que constavam da lista de serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral, face à greve de pilotos que está a decorrer desde esta quinta-feira, dia 1 de Maio, até ao próximo dia 10. Isto significa que existe, para já, um número significativo de pilotos que não estão a cumprir a paralisação decretada pelo Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC).
Nesta manhã verificou-se o regresso a Portugal de todos os voos europeus e intercontinentais, como previsto e de acordo com o estabelecido que obriga as tripulações a trazer de volta os aviões que tinham horário de partida no voo de retorno em data anterior à do início da greve.
Nesta manhã e olhando o horário de partidas dos aeroportos portugueses, nomeadamente o de Lisboa que concentra a maioria esmagadora do movimento da TAP, verifica-se que já partiram três voos intercontinentais, em aviões Airbus A330-200, com destino ao Brasil, que não constavam da lista de serviços mínimos. Foram os voos TP59 para Brasília, o TP85 para São Paulo e o TP117 para Porto Alegre. Diversos voos para aeroportos europeus também partiram, além de todos os que estavam listados como serviços mínimos. Ao fim da manhã a TAP fará um balanço sobre o número de voos efectuados.
Os pilotos do Grupo TAP (companhias TAP Portugal e PGA Portugália Airlines) começaram nesta sexta-feira, 1 de Maio, uma greve de dez dias, que deverá afetar cerca de 3.000 voos e 30.000 passageiros, por considerarem que o Governo não está a cumprir dois acordos que lhes davam garantias na privatização, além de outras regalias previstas no acordo de empresa.
Os serviços mínimos decretados pelo Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social (CES) prevêem a realização de voos para as regiões insulares dos Açores e da Madeira, intercontinentais para o Brasil, Angola, e Moçambique e para sete cidades europeias.