A Groundforce estima investir, este ano, 2,85 milhões de euros, avançou o presidente executivo, Paulo Neto Leite, que está convicto de que a empresa de handling (assistência em terra a aviões e passageiros) irá operar no futuro aeroporto complementar do Montijo.
Quando se desconhecem ainda os resultados do ano passado, o presidente executivo adiantou à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’ o valor do investimento estimado, precisando estar em “curso um conjunto de investimentos muito substantivos, que em 2018 totalizaram os 6,4 milhões de euros”, nomeadamente em equipamentos, condições de trabalho, uniformes e “sistemas de informação de última geração, e nas certificações alinhadas com as melhores práticas do mercado”.
Acerca da expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê a transformação da base da Força Aérea do Montijo para receber voos civis em 2022, o dirigente notou que a empresa venceu em 2018 o concurso internacional de atribuição das licenças de atividade nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro para os próximos sete anos.
“Com a solução apresentada, naturalmente, consideramos que temos as licenças necessárias para a operação em todos os terminais e extensões do Aeroporto de Lisboa”, argumentou à Lusa.
Segundo o acordo para a expansão, assinado entre o Estado e a ANA-Aeroportos, haverá também intervenções no atual aeroporto Humberto Delgado, o que traduz “aumento do número de movimentos assistidos e dos passageiros transportados, mas também a melhoria das condições de trabalho para os colaboradores [da Groundforce], para que possam também prestar um melhor serviço aos clientes”.
“As perspetivas para a operação irão depender da estratégia das companhias aéreas que assistimos em cada um dos terminais”, rematou à Lusa Paulo Neto Leite, que referiu que a empresa continuará a melhorar os seus processos e irá proceder a “uma reorganização de equipamentos em função do tráfego previsto para cada um dos terminais”.
Sobre os resultados de 2018, que “serão publicados em breve”, o dirigente avançou que haverá uma “franca melhoria face ao ano anterior, não só devido ao crescimento da atividade, mas também fruto de melhorias de processos e da otimização de toda a cadeia operacional”.
“Em 2018, foi pago um prémio de distribuição de lucros aos trabalhadores no valor de 1,1 milhões de euros. Para 2019, e acompanhando uma tendência clara de crescimento do tráfego aéreo mundial, antevemos um crescimento de 5,3% nos movimentos assistidos”, acrescentou.
No ano passado, a empresa distribuiu aos trabalhadores, pela primeira vez, o prémio, depois de registar, em 2017, um resultado positivo de 8,7 milhões de euros.
A empresa foi privatizada em 2003, fruto do spin off da unidade de negócio de operações em terra da TAP, sendo detida em 50,1% pela Pasogal/Grupo Urbanos, em 43,9% pela TAP SGPS e em 6% pela Portugália Airlines, empresa do universo da TAP SGPS.