A ‘Corporation China’, agência governamental do Governo da República Popular da China para a promoção do comércio externo do País, anunciou nesta quarta-feira, dia 18 de janeiro, que a Air China, o maior grupo nacional de aviação comercial e transporte aéreo, fechou as negociações para a aquisição da companhia aérea Cathay Pacific Airways, que tem sede na Região Administrativa Especial de Hong Kong, antiga colónia britânica, situada no Delta do Rio das Pérolas.
A notícia refere que o presidente da Cathay, John Slosar, esteve indisponível para confirmar o negócio, mas a ‘Corporation China’ adianta que a aquisição, que será um dos maiores negócios no sector da aviação comercial, na China, neste início de ano, será anunciado na quinta-feira, dia 19 de janeiro.
A Cathay Pacific foi criada em 24 de setembro de 1946 pelos empresários norte-americano Roy C. Farrell e australiano Sydney H. De Kantzow. Inicialmente estiveram baseados na cidade de Xangai, mas depois da Segunda Grande Guerra Mundial mudaram-se para Hong Kong onde criaram e estabeleceram a companhia aérea.
O negócio está a ser saudado como o regresso da companhia ao controlo da China, o que, na verdade, nunca esteve antes. Desde há algum tempo que se conhece o interesse de Pequim em controlar a maior companhia aérea de Hong Kong, que durante muitos anos, até 1997, data de entrega do território à China, esteve sob o controlo dos britânicos. Ainda hoje há muitos nacionais do Reino Unido, uns deslocados da Europa e outros com dupla nacionalidade, que asseguram o normal funcionamento da empresa, se bem que agora trabalhando sob bandeira chinesa.
A Cathay Pacific tem uma frota de 145 aviões, nomeadamente de longo curso. A subsidiária Cathay Dragon, que faz voos regionais no continente asiático, nomeadamente para a China, tem cerca de 40 aviões.