O Grupo Emirates, baseado no Dubai, Emirados Árabes Unidos, e dedicado à aviação comercial, anunciou nesta terça-feira, dia 15 de junho, o seu primeiro ano de prejuízos em mais de 30 anos de existência.
O Relatório Anual 2020-21 resume a atividade do grupo entre 1 de abril de 2020 e 31 de março de 2021, período do ano fiscal. Os prejuízos finais de seis mil milhões de dólares norte-americanos (4,954 mil milhões de euros ao câmbio desta data) comparam com o lucro de 456 milhões de dólares (376,486 milhões de euros).
As receitas do Grupo foram de 9,7 mil milhões de dólares, um declínio de 66% em relação aos resultados do ano passado. O saldo de tesouraria foi de 5,4 mil milhões de dólares, um decréscimo de 23% em relação ao ano fiscal anterior, principalmente devido à fraca procura causada pelas várias restrições relacionadas com a pandemia e com as viagens em todas as divisões e mercados principais de negócios da Emirates.
O xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, presidente e CEO da Emirates Airline e do Grupo Emirates, na apresentação do relatório, disse que “A pandemia da covid-19 continua a ter um enorme impacto em vidas humanas, comunidades, economias, e na indústria da aviação e viagens”.
Em 2020-21, a companhia aérea Emirates e a empresa de handling aeroportuário Dnata foram duramente atingidos pela queda da procura de viagens aéreas internacionais à medida que os países fecharam as suas fronteiras e impuseram restrições de viagem rigorosas.
“As nossas principais prioridades ao longo do ano foram: a saúde e o bem-estar do nosso povo e dos nossos clientes, a preservação de dinheiro e o controlo dos custos, e o restabelecimento das nossas operações de forma segura e sustentável. O Grupo Emirates recebeu uma injeção de capital de 3,1 mil milhões de dólares do nosso acionista principal, o Governo do Dubai, e a Dnata aproveitou vários programas de apoio à indústria”.
Segundo Ahmed bin Saeed Al Maktoum foram esses apoios que ajudaram “a sustentar as operações e a reter a grande maioria do nosso banco de talentos. Infelizmente, ainda tivemos de tomar a difícil decisão de redimensionar a nossa força de trabalho de acordo com as reduzidas exigências operacionais”.
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Pela primeira vez na história do Grupo Emirates, os despedimentos foram implementados em todas as partes do negócio. Como resultado, a mão-de-obra total reduziu em 31% para 75.145 trabalhadores, representando mais de 160 nacionalidades diferentes.
Em 2020-21, o grupo investiu colectivamente 1,3 mil milhões de dólares em novas aeronaves e instalações, na aquisição de empresas, e nas mais recentes tecnologias para posicionar o negócio para recuperação e crescimento futuro. Também continuou a investir recursos em iniciativas ambientais, bem como a apoiar comunidades e programas de incubadoras de empresas que fomentam o talento e a inovação para impulsionar o crescimento futuro da indústria.
- O Relatório do Exercício do ano fiscal 2020-21 do Grupo Emirates, que integra a companhia aérea Emirates, a empresa de handling Dnata e as suas subsidiárias, está disponível, em língua inglesa, no seguinte LINK