Grupo IAG vai pagar 20 milhões por 15 aviões A320 e pelos slots da falida Niki

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O Grupo IAG (International Consolidated Airlines), dono das conhecidas companhias aéreas British Airways, Iberia, Aer Lingus e Vueling, está disposto a pagar cerca de 36,5 milhões de euros para adquirir a Niki, companhia aérea de bandeira austríaca, subsidiária da extinta Air Berlin, que se encontra também em processo de falência.

A notícia foi adiantada na noite desta sexta-feira, dia 29 de dezembro, pela agência de notícias económicas ‘Reuters’ e também pelo jornal britânico ‘Finantial Times’, na sua edição online.

A Lufthansa já tinha tentado adquirir a companhia, quando incluiu na oferta de 210 milhões de euros que fizera conjuntamente pela Niki, a companhia regional LGW e por 20 aviões da Air Berlin, e na sequência do processo de falência da companhia alemã. Contudo, as autoridades da Concorrência da Comissão Europeia, em Bruxelas, alertaram para o facto dessa compra poder prejudicar os consumidores europeus, quer nas suas opções de escolha, quer contribuindo para um aumento das tarifas.

A retirada da Lufthansa do negócio fez o Grupo IAG avançar numa ocasião em que a imprensa europeia falava também do interesse do ex-campeão de Fórmula 1 Niki Lauda, que, eventualmente, pretendia recuperar a empresa que fundara em 2003, mas que em 2011 fora vendida à companhia alemã Air Berlin.

As notícias divulgadas neste fim-de-semana dão conta de que o Grupo IAG está sozinho nas negociações com o administrador judicial da Niki. Já confirmou o seu interesse e as verbas sobre a mesa são: 20 milhões de euros para comprar a Niki, incluindo 15 aviões Airbus A320 e slots em diversos aeroportos, nomeadamente Viena de Áustria, Dusseldorf e Munique (Alemanha), Zurique (Suíça) e Palma de Maiorca (Ilhas Baleares, Espanha); e 16,5 milhões para investimento na companhia.

Um porta-voz do Grupo IAG disse que 740 dos cerca de 1.000 empregados da Niki irão ser absorvidos pelo grupo e ficarão sob a dependência da Vueling, companhia de baixo custo do universo do IAG.

Willie Walsh presidente executivo do IAG, é citado pela ‘Reuters’ como tendo afirmado que a Niki é, na verdade, a parte mais interessante da Air Berlin, pela sua viabilidade financeira, e continuará focada no transporte de turistas e para destinos de férias, o que muito ajudará a Vueling.

Outras informações divulgadas nesta sexta-feira apontam que a Niki mudará de nome, mas continuará baseada na Áustria, optando por um segmento de negócio muito semelhante ao das low-costs. Tudo depende agora da solução que seja encontrada para que o que resta da companhia fundada pelo campeão austríaco possa reabilitar-se rapidamente, retomar voos e manter-se no mercado.

 

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