O Conselho de Supervisão do Grupo Lufthansa aprovou nesta quarta-feira, dia 13 de março, a compra de um total de 40 aeronaves de última geração para as companhias aéreas do grupo. São mais 20 aviões Boeing 787-9 Dreamliner e 20 Airbus A350-900 XWB, que irão substituir aviões de quatro motores que hoje integram as frotas de longo curso das companhias do grupo, nomeadamente a Lufthansa, de bandeira alemã, a Austrian, de bandeira austríaca, e a Swiss, de bandeira suíça. Os novos aviões serão entregues entre o final de 2022 e 2027.
Segundo um comunicado do grupo, o volume de investimento a preços de catálogo é de 12 mil milhões (bilhões no Brasil) de dólares norte-americanos. Como é comum em tais pedidos, o Grupo Lufthansa negociou uma redução significativa de preços. As partes concordaram em não divulgar o preço de compra real, adianta o comunicado.
“Ao substituir aviões de quatro motores por novos modelos, estamos estabelecendo uma base sustentável para o nosso futuro a longo prazo. Além da relação custo-eficácia do A350 e do B787, as emissões de CO2 significativamente menores desta nova geração de aeronaves de longo curso também foram um fator decisivo em nossa decisão de investimento. As nossas preocupações e responsabilidades quanto à preservação do meio ambiente está se tornando cada vez mais importante como critério para nossas decisões ”, afirma Carsten Spohr, presidente do Conselho de Administração e presidente executivo do Grupo Lufthansa.
O investimento em novas tecnologias, eficiência e conforto dos passageiros são focos da modernização contínua das frotas das companhias aéreas do grupo., que hoje opera com uma frota de 199 aeronaves de longo curso (em dezembro de 2018), incluindo doze aeronaves Airbus A350-900 de última geração. A partir de 2020, a Lufthansa integrará o novo Boeing 777-9, cuja apresentação oficial deveria ter acontecido nesta quarta-feira, dia 13 de março, nos EUA, mas que foi adiada devido ao acidente com um avião Boeing 737 MAX 8 da Ethiopian Airlines.
Investimento em aeronaves modernas, com baixo consumo de combustível e baixo ruído
Com os novos aparelhos Airbus A350-900, Boeing 777-9 e Boeing 787-9, o Grupo Lufthansa estará apetrechada com aparelhos de longa distância mais económicos em termos de consumo de combustível por passageiro e por 100 quilómetros de voo. Esse pedido às duas construtoras aeronáuticas destaca o desejo de investir em tecnologia de ponta no interesse do meio ambiente. Em média, as novas aeronaves consumirão apenas cerca de 2,9 litros de querosene por passageiro e 100 quilómetros voados. Cerca de 25% abaixo do que é consumido pelas aeronaves que irão ser substituídas, um facto que também terá um impacto positivo na pegada de CO2.
O Grupo Lufthansa prevê que em meados da próxima década, toda a frota de longo curso terá sido modernizada e retirados todos os aviões de quatro motores. As possíveis economias de combustível somam 500.000 toneladas métricas por ano, que equivalem a uma redução de 1,5 milhão de toneladas de CO2. Após a substituição as companhias do Grupo Lufthansa oferecerá aos seus passageiros uma das frotas mais modernas do mundo. Isso também envolverá um aumento significativo no conforto e confiabilidade.