O Conselho Executivo do Grupo Lufthansa anunciou nesta quinta-feira, dia 2 de março, a encomenda de mais 22 aviões de longo curso de última geração aos maiores fabricantes mundiais, Airbus e Boeing.
A encomenda, que já foi aprovada pelo Conselho Fiscal da Deutsche Lufthansa AG, compreende 10 aeronaves de Airbus A350-1000, cinco Airbus A350-900 e sete Boeing 787-9 ‘Dreamliner’, todos na versão de transporte de passageiros.
Os aparelhos serão entregues ao Grupo Lufthansa a partir de meados da corrente década. Com base nos preços da catálogo, a encomenda vale um total de cerca de 7,5 mil milhões de dólares norte-americanos e está de acordo com o planeamento financeiro a médio prazo do grupo, que, em comunicado distribuído nesta quinta-feira em Frankfurt, confirma que está também em negociações avançadas para adquirir mais aeronaves de longo curso, que poderão ser disponibilizadas num prazo mais curto.
- “Com a nossa compra de mais 22 Airbus A350 e Boeing 787, garantimos a entrega de mais de 50 aviões de longo curso de última geração para as companhias aéreas do Grupo Lufthansa desde que a pandemia começou. Estas aeronaves serão equipadas com as nossas novas cabinas de longo curso, incluindo os assentos de última geração em todas as classes de viagens. E a combinação dos nossos excelentes empregados em terra e a bordo, estas aeronaves altamente avançadas e o nosso mais recente produto de assentos a bordo, posicionarão as nossas companhias aéreas novamente em primeiro plano dentro do segmento premium. Estas novas aeronaves também desempenharão um papel decisivo para nos ajudar a atingir os nossos objetivos de redução das emissões de carbono até 2030, uma vez que as aeronaves eficientes em termos de combustível que incorporam a mais recente tecnologia de fabrico são, de longe, a maior alavanca para proporcionar uma maior proteção climática no sector da aviação”.
- Carsten Spohr, presidente executivo (CEO) do Grupo Lufthansa AG
Com estas encomendas, o Grupo Lufthansa receberá 108 aeronaves de longo curso de última geração – Airbus A350-1000, o Airbus A350-900, o Boeing 787-9 e o Boeing 777-9 – nos próximos anos. O grupo europeu de aviação comercial irá operar as aeronaves de longo curso mais silenciosas, mais rentáveis e mais económicas que se encontram atualmente em serviço. Em média, os novos aviões consomem apenas 2,5 litros de combustível por passageiro por 100 quilómetros – cerca de 30% menos do que os seus tipos de aviões antecessores.
Os novos aviões de longo curso irão também substituir os tipos de aviões mais antigos. A médio prazo, seis dessas subfrotas serão retiradas de serviço: os Boeing 747-400 com quatro motores, Airbus A340-600 e Airbus A340-300 e os Boeing 777-200 com dois motores, Boeing 767-300 e Airbus A330-200. Isto reduzirá o contingente de aparelhos de quatro motores dentro da frota do Grupo Lufthansa para menos de 15%. Antes da pandemia, constituíam cerca de 50% da frota de aeronaves do grupo.
Para além do acordo sobre a compra das novas aeronaves, a Airbus e a Lufthansa assinaram também um ‘Memorando de Entendimento’ para reforçar ainda mais a sua cooperação no domínio da sustentabilidade e das tecnologias futuras. Isto inclui a intensificação da utilização de combustíveis de aviação sustentáveis, uma maior optimização das operações através de uma gestão de voo mais eficiente e a exploração da utilização do hidrogénio.
No total, e incluindo as aeronaves avançadas de pequeno e médio curso da família Airbus A320neo, o Grupo Lufthansa tem atualmente mais de 200 encomendas firmes de novas aeronaves de última geração, que serão entregues nos próximos anos.