O Grupo Lufthansa, intervencionado pelo Estado alemão, registou lucros de 484 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, contra perdas de 1.877 milhões de euros em termos homólogos do ano passado.
O grupo aéreo alemão Lufthansa revelou nesta quinta-feira, dia 27 de outubro, que registou lucros no terceiro trimestre de 809 milhões de euros, contra perdas de 72 milhões de euros em igual período do ano passado.
De acordo com o documento, publicado no seu portal, o número de passageiros do grupo Lufthansa, que inclui ainda a Swiss, Austrian e a Brussels Airlines, subiu para 33 milhões de passageiros entre julho e setembro deste ano, contra 20 milhões no período homólogo.
O grupo afirmou que aumentou os ganhos operacionais para 826 milhões de euros até setembro, crescendo face às perdas de 2.123 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2021, e que as receitas aumentaram para 23.893 milhões de euros (+118%).
O presidente executivo, Carsten Spohr, disse, na apresentação das contas, que o grupo “alcançou um resultado muito bom no terceiro trimestre, com um lucro operacional de mais de mil milhões de euros”.
Este sucesso foi sustentado por todos os segmentos empresariais, incluindo companhias aéreas de passageiros, logística e serviços técnicos.
“O grupo Lufthansa deixou a pandemia para trás e olha para o futuro com otimismo. Afinal de contas, o desejo de viajar e, consequentemente, a procura de voos continua sem diminuir”, acrescentou Spohr.
A Lufthansa está a investir em 200 novas aeronaves e quer reforçar a sua posição entre os cinco maiores grupos de companhias aéreas do mundo.
Segundo o grupo, as greves resultaram num prejuízo de 70 milhões de euros.
A filial de transporte de carga, a Lufthansa Cargo, registou um resultado operacional recorde de 1.300 milhões de euros até setembro, contra 943 milhões de euros em termos homólogos), estimando um resultado superior aos 1.500 milhões de euros em 2021.
Em meados de outubro, a Lufthansa reviu em alta a sua previsão de lucros para este ano, devido aos bons resultados no terceiro trimestre, às reservas realizadas e à forte procura de voos nos próximos meses e ao resultado recorde esperado para a filial de carga.
A Austrian e a Brussels Airlines deverão reembolsar, até ao final do ano, a ajuda pública recebida durante a pandemia da covid-19 para evitar a falência.
A companhia austríaca deverá reembolsar os restantes 210 milhões de euros e a belga deverá retribuir os 290 milhões de euros.
Desta forma, toda a ajuda recebida durante a pandemia do SARS-CoV-2 deverá ser reembolsada até ao final do ano, antes dos prazos previstos.