O grupo português Hi Fly, dono de duas companhias aéreas, uma com registo em Portugal e outra em Malta, manifestou interesse no negócio da companhia aérea Thomas Cook Airlines, tendo apresentado uma proposta, cujo conteúdo se desconhece, anunciou no domingo, dia 2 de junho, o jornal britânico ‘The Mail’.
A notícia foi desenvolvida nesta segunda-feira, dia 3 de junho, pela agência internacional de notícias financeiras ‘Reuters’, que confirmou a proposta do Grupo Hi Fly, controlado pela Fundação Mirpuri, para aquisição dos atuais ativos aéreos do mais antigo grupo mundial de turismo e aviação, com 178 anos de presença no mercado internacional.
A agência ‘Reuters’ não revela o conteúdo da proposta, nem a quantia que o Grupo Hi Fly pretende investir. As empresas aéreas do Grupo Thomas Cook têm uma frota conjunta de mais de 100 aviões, distribuídos por várias companhias subsidiárias, as maiores das quais estão baseadas na Alemanha, Reino Unido e Escandinávia.
Recentemente o Grupo Hi Fly esteve também envolvido numa eventual compra da companhia aérea alemã Germania, que abriu falência em fevereiro deste ano. Soube-se depois que tinha conseguido adquirir três aviões Airbus A319, que trabalham presentemente para a fábrica Airbus, sob o COA da Hi Fly Portugal, no transporte de pessoal da construtora entre as linhas de montagem de Toulouse (França) e Hamburgo (Alemanha).
A divisão de Aviação Comercial do Grupo Thomas Cook foi colocada à venda em fevereiro passado e já recebeu propostas da Lufhtansa, da Virgin Atlantic e do fundo de investimentos Indigo Partners. Outro fundo de investimentos, o Triton Partners, fez uma proposta para aquisição das operações da Thomas Cook Nordic Airlines, que abrange os países do Norte da Europa e do Mar Báltico.
A Hi Fly é um grupo português, com duas companhias aéreas, a Hi Fly Portugal e a Hi Fly Malta, que se dedica ao aluguer de aviões para voos de longo curso. Presentemente tem uma frota de cerca de duas dezenas de aparelhos, todos Airbus, entre os quais um A380, sendo a primeira empresa a entrar no negócio de aluguer de aviões desta dimensão em operações ACMI. Este ano já recebeu o primeiro A330-900neo de uma encomenda de dez aeronaves deste tipo feita à Airbus há dois anos. Está ao serviço da Air Sénégal.