Grupo Ryanair agrava prejuízo mas apresenta perspectiva bastante otimista

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O grupo de companhias aéreas de baixo custo Ryanair perdeu 272,6 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal (abril a junho) deste ano, mais 47% do que em igual período no ano passado.

A empresa com sede em Dublin indicou que a pandemia de covid-19 continua a “causar estragos” no setor apesar de as vacinas e a introdução de certificados digitais na União Europeia terem impulsionado “com força” as reservas para o verão.

Através de um comunicado, o Grupo Ryanair assinala que o trânsito de passageiros aumentou 7,6% no primeiro trimestre, relativamente a 2020, até aos 8,1 milhões de euros elevando a faturação a 196%. Refere também que registou melhorias no índice de ocupação (medição do número de lugares ocupados em cada voo) passando de 61% para 73% tendo verificado um aumento de 116% nos custos operativos, até aos 675 milhões de euros.

“A (pandemia) de covid-19 continuou a causar estragos no nosso negócio durante o primeiro trimestre. A maior parte dos voos foram cancelados durante a Semana Santa porque o levantamento das restrições por parte dos governos na União Europeia foi mais lenta do que o previsto”, explicou Michael O’Leary, presidente executivo da ‘Ryanair Holdings plc’, que integra as companhias aéreas Buzz, Lauda, Malta Air e Ryanair.

De acordo com O’Learey “ainda existe grande incerteza” no setor mas acrescentou que se a “pandemia não provocar mais contratempos” e caso se mantenha o ritmo atual de reservas a companhia pode vir a transportar quase nove milhões de clientes entre julho e 10 de agosto.

Neste contexto, o Grupo Ryanair que lidera na Europa a venda de voos de baixo custo, anunciou em junho que prevê contratar mais dois mil pilotos “na reativação do setor”.

Durante o primeiro trimestre, a equipa de Desenvolvimento de Rotas prosseguiu o seu trabalho com parceiros aeroportuários em toda a Europa, tendo negociado custos aeroportuários mais baixos, incentivos de recuperação e a extensão de muitos acordos de crescimento de aeroportos de baixo custo. Para além dos acordos anteriormente anunciados (como Billund, Riga, Estocolmo, Zadar e Zagreb) e extensões a longo prazo de acordos de crescimento de baixo custo em Londres Stansted (até 2028), Milão Bergamo (até 2028) e Bruxelas Charleroi (até 2030), o Grupo duplicou a sua capacidade em Roma (Fiumicino), acrescentou novas rotas para Helsínquia e lançará novas bases em Turim (Itália) e Agadir (Marrocos) neste Inverno.

Em Junho, a Ryanair recebeu os primeiros três aviões B737-8200 ‘Gamechanger’ da sua carteira de encomendas de 210 aviões. A reação dos passageiros “tem sido surpreendentemente positiva, uma vez que desfrutam do espaço extra para as suas pernas e 40% menos ruído a bordo das aeronaves”. Os novos ‘Gamechanger’, designação comercial que a Ryanair adoptou para os seus Boeing 737 MAX 8, atingirão um total de 60 unidades no Verão de 2022, o que permitirá o crescimento do número de passageiros transportados até 200 milhões/ano antes do primeiro semestre de 2026, diz o Grupo Ryanair.

 

 

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