A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique, em parceria com as empresas gasolineiras ‘Puma’ e a ‘Petromoc’, lançou nesta semana um voo, com tarifas especiais, para o repatriamento de cidadãos moçambicanos retidos em Lisboa face à pandemia de covid-19.
“Este voo, em condições atuais, teria um custo elevado para os passageiros e estas pessoas que nós estamos a tentar ajudar não teriam condições para comprar os bilhetes”, declarou nesta segunda-feira, dia 27 de julho, Daniel Correia, diretor-geral da ‘Puma’ em Moçambique.
O voo, que será realizado com um avião da Hi Fly sai de Lisboa na terça-feira e o bilhete custa 61 mil meticais (736 euros), contra os mais de 130 mil meticais (mais de 1.500 euros) que têm sido cobrados neste período da covid-19, segundo Daniel Correia.
Os voos regulares diretos (feitos pela TAP) que se realizavam entre Maputo e Lisboa foram suspensos em março passado e não foram reatados, nem houve outros em sua substituição, acontecendo apenas voos autorizados caso a caso. A TAP, por exemplo, realizou nos últimos quatro meses cerca de uma dezena de voos de repatriamento de portugueses e de moçambicanos, entre Lisboa e Maputo, capitais dos dois países.
“O custo da operação ronda os três milhões de meticais [36 mil euros ], só para o combustível, mas há outros custos associados”, declarou o diretor-geral da ‘Puma’ à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’.
O avião, fretado pela LAM e com capacidade para transportar 275 pessoas, vai também embarcar passageiros em Maputo para Lisboa. Um voo que está a ser comercializado pela companhia moçambicana.
Para a aquisição dos bilhetes, os clientes devem ter nacionalidade portuguesa ou de um país da União Europeia.
Embora envolva custos para os passageiros, o voo é descrito como humanitário pelos organizadores, que justificam o termo com a redução dos custos das passagens.
“Sem a ajuda destas empresas, as passagens deste voo teriam um custo que muitos não iriam conseguir pagar”, concluiu Daniel Correia.