O empresário português Humberto Pedrosa (no lado direito na imagem de abertura), que detém 50% do consórcio ‘Atlantic Gateway’, garante estar “empenhado na recuperação” da TAP, rejeitando estar em negociações para alienar a sua participação na companhia aérea de bandeira portuguesa.
“Não existem negociações com qualquer entidade no sentido de alienar a minha posição de 50% na Atlantic Gateway, que controla 45% da TAP”, disse o empresário Humberto Pedrosa à agência ‘Lusa’, quando questionado sobre a sua continuidade como acionista dao grupo.
“Não estou vendedor da minha posição na Atlantic Gateway”, explicou o empresário à agência ‘Lusa’, acrescentando que o seu “interesse na TAP é como empresário e não como investidor financeiro”.
A imprensa portuguesa tem noticiado nos últimos dias que o acionista privado da TAP, o consórcio ‘Atlantic Gateway’, está em negociações para a venda da posição na companhia aérea.
“Reafirmo toda a disponibilidade e empenho na afirmação da TAP como companhia internacional de referência e na sua recuperação económica e financeira”, disse Humberto Pedrosa, um dia depois da companhia aérea ter anunciado o cancelamento de cerca de 1.000 voos até abril, devido ao impacto que o surto de Covid-19 está a ter nas reservas da empresa, e medidas para compensar esta perda de receitas (LINK notícia relacionada).
O Grupo TAP registou prejuízos de 105,6 milhões de euros em 2019, uma melhoria de 12,4 milhões de euros face às perdas de 118 milhões registadas em 2018 pela companhia aérea.
Os acionistas da TAP são públicos e privados, sendo que 50% está nas mãos da Parpública, sociedade que detém as participações do Estado Português, e 45% nas mãos do consórcio ‘Atlantic Gateway’, detido, então, por Humberto Pedrosa, do grupo Barraqueiro, e pelo empresário David Neeleman, que também controla a companhia AZUL Linhas Aéreas Brasileiras. Os restantes 5% do capital estão nas mãos dos trabalhadores.