O Governo da República Bolivariana da Venezuela deve às companhias aéreas filiadas na IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) 3,6 mil milhões de dólares, importância devida pela não transferência das receitas em divisas dos bilhetes vendidos por essas empresas aéreas no mercado venezuelano.
A IATA distribuiu esta semana uma mensagem às companhias filiadas, assinada por Jason Sinclair, director de comunicação corporativa da associação, em que refere que, tal como a 15 de Novembro passado, a dívida do Governo da Venezuela atinge a soma de 3,569 mil milhões de dólares. O governo de Caracas apenas pagou neste ano, há já muitos meses, a importância de 775,7 milhões de dólares.
Trata-se de uma questão recorrente nos últimos dois anos, que o Governo de Nicolás Maduro não tem conseguido resolver, dada a grave situação financeira em que o país vive. No início do ano, o próprio Presidente da República ameaçou as companhias estrangeiras de cortar o seu acesso ao mercado venezuelano no futuro, se por esse motivo, deixassem de voar ou cortassem voos para Caracas. A maioria não se intimidou com as ameaças e diminuiu frequências, tendo até a Air Canada e a Alitalia cancelado as suas operações. Entretanto a companhia italiana já regressou, depois da reestruturação da empresa, após a entrada da Ethiad Airways no seu capital social.
A brasileira GOL – Linhas Aéreas Inteligentes também cortou diversas escalas, enquanto a portuguesa TAP tem mantido o nível de frequências, atendendo a que vive no País mais de um milhão de portugueses e descendentes. No Verão os voos são diários e no Inverno oscilam entre as três e quatro frequências semanais, de acordo com a procura existente na rota.
- Imagem obtida no Aeroporto Internacional Simón Bolivar, em Maiquetia, Estado Vargas, que serve a cidade de Caracas. Foto: Alexander Calderon Angulo