As companhias espanhola Iberia e britânica British Airways abandonaram a Associação Europeia de Companhias Aéreas (AEA, na sigla em língua inglesa) por desacordo com a política da entidade patronal de transporte aéreo europeu, no que respeita à competência de céus, nomeadamente em relação às companhias aérea do Golfo Pérsico.
Iberia e British estão juntas na IAG, grupo que é proprietário de ambas as companhias, e cujo capital é detido em 9,9% pela Qatar Airways desde Janeiro deste ano.
Sobre esta questão do abandono da AEA, a IAG distribuiu um comunicado na quinta-feira, dia 16 de Abril, no qual defende que “a liberalização global da indústria da aviação civil é fundamental para o crescimento futuro”. “Por isso não estamos dispostos a comprometer este aaspecto fundamental”, assinala o grupo aéreo.
Outros membros da AEA, assim como algumas companhias dos Estados Unidos da América queixam-se de que as companhias do Golfo beneficiam de subsídios públicos, créditos dos seus governos sem juros e de combustíveis baratos. As empresas visadas nestas acusações, que têm registado um vertiginoso crescimento nos últimos anos, somando rotas e aviões nos seus hubs do Dubai, Doha e Abu Dhabi, sempre têm negado os argumentos das companhias de países que têm o negócio da aviação regulamentado e nos quais os governos não podem intervir nas companhias aéreas, mesmo que elas sejam de capitais públicos, como é o caso da TAP em Portugal.
A AEA não teve (ainda) qualquer reacção ao comunicado do hispano-britânico Grupo IAG.