A realização de um voo comercial que ligaria a cidade de Madrid, capital de Espanha, e a ilha da Terceira, na Região Autónoma dos Açores, não vai avançar neste Verão, confirmou a secretária regional Energia, Ambiente e Turismo desta região autónoma portuguesa.
Marta Guerreiro afirmou que a operação que estava a ser negociada caiu por terra, como avançou esta semana o ‘Diário Insular’, que se publica na ilha Terceira, porque o concurso foi lançado em condições que o Governo Regional considera “que são as adequadas para o destino”, mas não houve “uma resposta que faria sentido (…) para a viabilização dos negócios turísticos” da região.
“Face a isso, em alternativa a lançar um concurso público com uma promoção mais intensiva, promovendo, indiretamente, uma oferta de menor valor, achamos que devíamos procurar outros mercados”, prosseguiu a governante.
Marta Guerreiro explicou que esta rota entre a ilha açoriana e a capital espanhola foi operada durante alguns anos, “mas num contexto diferente”.
“Nós tivemos, este ano, alguns aspetos que condicionaram a oferta de aviões, nomeadamente a falência da Thomas Cook, o facto de termos tido atrasos na entrega de alguns aparelhos. Tudo isso levou a que alguns operadores dessem nota de que, para fazerem a operação havia mais risco, e, portanto, tinham que ter um posicionamento em termos de segmento mais baixo”, explicou a responsável pela tutela.
Ainda assim, a secretária regional destaca “um incremento de ligações assinalável” para a ilha Terceira, mencionando a ligação durante a época baixa a Toronto (Canadá), a operação da Ryanair que irá ligar a ilha a Londres (Reino Unido) a partir de março, as ligações a Paris (França), duas vezes por semana, e a Montreal (Canadá), bem como um incremento nas ligações ao Porto e a Boston (EUA), estas através da Azores Airlines, companhia com sede na região autónoma.
Sobre a rota para a capital francesa, anunciada em janeiro, Marta Guerreiro garante que será complementada “com promoção, por parte da região, em termos notoriedade neste mercado”.