Indústria aeroespacial portuguesa participa em feira do setor no México

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O Portugal Connect – projeto de promoção das empresas tecnológicas portuguesas no México liderado pela Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana (CCILM) – vai levar este ano empresas do cluster aeronáutico e espacial português à grande feira do setor naquele país: o ‘AerospaceSummit México’, que decorrerá na cidade de Querétaro nos dias 29 e 30 de setembro. Vital Morgado, administrador da AICEP, participa na divulgação da feira, no dia 1 de junho.

“É uma ótima oportunidade”, assegura o secretário de Estado João Vasconcelos. Os negócios iniciados por tecnológicas portuguesas nos últimos anos no México levam agora a Câmara de Comércio e Indústria Luso-Mexicana a visar o setor aeroespacial daquele país, que está em crescimento acelerado. A partir de verbas europeias geridas pela AICEP, as empresas têm apoios importantes para entrar em operação naquele mercado. A primeira reunião para preparar a missão empresarial é no dia 1 de junho, na sede do Banco Santander Totta, em Lisboa.

“As empresas portuguesas que operam no setor aeroespacial têm provas dadas internacionalmente”, afirma o secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, um apoiante desta iniciativa. “O desafio que se coloca a este setor no México representa uma ótima oportunidade para as empresas portuguesas”. O embaixador do México em Lisboa, Alfredo Pérez Bravo, vai no mesmo sentido: “As empresas e tecnologia de Portugal são reconhecidas, e desejadas, no nosso país. Haverá em Querétaro e noutras regiões do México muitas oportunidades de negócio para elas”.

A primeira reunião das empresas portuguesas que vão integrar a missão irá ocorrer na sede do banco Santander Totta em Lisboa, a 1 junho. Nesta sessão, para além de Miguel Gomes da Costa, presidente da CCILM, e do representante da Agência para o Investimento e Comércio e Externo de Portugal – AICEP, estarão presentes as duas associações representativas das indústrias aeronáutica e espacial portuguesas, PEMAS e PROESPAÇO, respetivamente.

Em cima mesa vão estar as verbas europeias do Portugal 2020 que a AICEP gere e que são utilizadas nestas operações de conquista de novos mercados para a indústria portuguesa. “A tecnologia portuguesa está muito cotada no México e, por isso, as empresas do nosso país podem aproveitar as oportunidades emergentes desta indústria em grande expansão”, afirma Pedro Nuno Neto, coordenador do ‘Portugal Connect’.

 

A importância do México na indústria tecnológica

Devido à competitividade dos custos, cada vez mais empresas dos Estados Unidos da América e do Canadá se têm instalado em território mexicano, estabelecendo sinergias com as indústrias automóvel e electrónica que este país tem atraído. O México é o hoje o quarto destino mundial do investimento industrial neste setor  (a seguir à China, Índia e EUA) e o seu governo tem o projeto de, até 2020, atingir no setor aeroespacial 12 mil milhões de dólares norte-americanos de exportações e criar 110 mil novos postos de trabalho direto, 30 por cento dos quais com qualificações superiores.

Aproveitar esta oportunidade é o que vão fazer três grupos empresariais portugueses que, há anos, têm outros negócios México. O grupo Controlar é especializado em sistemas de testes electrónicos para a indústria automóvel e, este ano, inaugurou o seu centro de receção de exportações através do ‘Portugal Connect’. A Neológica é uma empresa de moldes que fornece há 17 anos a indústria automóvel mexicana. E o grupo YAP produz no México, desde 2004, os auto-rádios que equipam 20 por cento dos carros da Volkswagen em todo o mundo. Qualquer destas empresas irá em setembro com o ‘Portugal Connect’ ao ‘AerospaceSummit’ tentar encontrar novos clientes, ou parceiros, no cluster aeroespacial mexicano.

“O que esta missão do Portugal Connect vai oferecer é um acesso direto às unidades dos maiores fabricantes mundiais do setor aeroespacial instaladas no México”, afirma Pedro Nuno Neto. “Essas unidades necessitam de sustentar a sua produção com a oferta de soluções tecnológicas de grande valor, e, nessa matéria, as empresas portuguesas do setor aeronáutico e espacial são das mais competitivas que há no mundo. Têm tudo para conseguir entrar nessa fantástica cadeia de valor”.

O México transformou-se nos últimos anos numa das maiores potências económicas emergentes no mundo globalizado, com uma economia em crescimento acelerado. Está a fazê-lo apostando fortemente no comércio internacional, na atração de investimento estrangeiro para desenvolver grandes clusters e em processos intensos de transferência tecnológica.

 

  • Texto divulgado por Portugal Global (www.portugalglobal.pt)

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