Israel e Marrocos foram os primeiros países que anunciaram neste domingo, dia 28 de novembro, que vão voltar a fechar as suas fronteiras a todos os estrangeiros durante as próximas duas semanas para conter a propagação da variante ‘Ómicron’ do novo coronavírus, que provoca a covid-19.
O gabinete interministerial que gere o combate ao novo coronavírus em Israel realizou uma reunião de emergência na noite de sábado e decidiu fechar os aeroportos aos voos internacionais vindos de todo o mundo e reimpor uma quarentena obrigatória aos israelitas que regressem ao país.
Israel tornou-se no primeiro país do mundo a proteger completamente as suas fronteiras desta nova variante e as novas restrições entram em vigor a partir da meia-noite deste domingo, dia 28.
O Ministério da Saúde israelita confirmou na sexta-feira um primeiro caso de infeção com a nova variante, existindo atualmente pelo menos sete outros casos suspeitos.
Os cidadãos israelitas que regressam do estrangeiro ao país devem ser submetidos a uma quarentena de três dias se forem vacinados e de sete dias se não o forem; em ambos os casos, necessitarão de um teste PCR negativo antes de saírem do isolamento.
Para os estrangeiros que, em circunstâncias excecionais, possam entrar em Israel, terão de ficar em quarentena nos chamados ‘hotéis covid’ controlados pelo Estado e sob rigorosa vigilância.
Israel colocou já 50 países africanos – todos exceto o Magrebe e o Egito – na “lista vermelha” devido ao aparecimento da nova variante, que é muito mais contagiosa e resistente porque tem mais de 30 mutações, proibindo viagens de e para esses lugares.
Israelitas e residentes permanentes que regressam de um dos países da ‘lista vermelha’ devem completar uma semana de quarentena num ‘hotel covid’ e depois outra semana em casa.
O Reino de Marrocos, por seu lado, suspenderá todos os voos provenientes do estrangeiro a partir da meia-noite da próxima segunda-feira, dia 29 de novembro, e, também, durante duas semanas, para se proteger da variante Ómicron do novo coronavírus.
O comité interministerial encarregado de coordenar as medidas de viagem internacionais para prevenir a covid-19 disse que a decisão foi tomada para “preservar as conquistas de Marrocos na luta contra a pandemia e para proteger a saúde dos seus cidadãos”.
A nota acrescenta que será feita uma avaliação contínua da situação pandémica no mundo para rever esta medida, se necessário.
Perante a rápida propagação da nova variante do coronavírus, Marrocos tinha já decidido suspender a partir da meia-noite deste domingo todos os voos diretos e as duas ligações marítimas com a França.