O Governo português afirmou nesta quarta-feira, dia 10 de fevereiro, que tinha rejeitado o pedido de autorização que tinha sido solicitado às autoridades aeroportuárias nacionais para aterragem de um jato privado, que deveria ter descolado na tarde desta terça-feira, dia 9, do Aeroporto Internacional Deputado Luiz Eduardo Magalhães, na cidade de Salvador, capital do Estada da Bahia, no nordeste do Brasil.
Nesse avião a Polícia Civil da Bahia, com o auxílio de cães farejadores da Coordenação de Operações Especiais (COE), apreendeu, na tarde desta terça-feira, dia 9, mais de meia tonelada de cocaína que, segundo as autoridades brasileiras iria viajar para Portugal e estava escondida na aeronave entretanto apreendida pela Polícia Federal do Brasil no aeroporto de Salvador.
Em comunicado enviado à agência de notícias portuguesa ‘Lusa’, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) esclareceu que “o pedido de autorização para a viagem na aeronave em apreço foi indeferido pelo MNE”.
Citadas pela agência espanhola EFE, as autoridades brasileiras tinham indicado que o avião particular recebera autorização para descolar da cidade de Salvador com destino a Portugal.
A apreensão só foi possível porque o piloto da aeronave particular comunicou à torre de controlo que os seus comandos de voo indicavam algum tipo de problema de funcionamento, pelo que o aparelho fez uma escala não programada na capital do Estado da Bahia. Desconhece-se, por enquanto, qual o modelo da aeronave, o dono e de onde era procedente.
Após o alerta, os mecânicos que foram ao avião para verificar o problema descobriram parte da droga e relataram à Polícia Federal.
“Com o apoio de especialistas criminais federais e cães treinados para detetar drogas da Polícia Civil, foram encontrados na aeronave outros esconderijos onde estava o resto da droga”, informou a Polícia Federal, numa nota divulgada na manhã desta quarta-feira.
A droga tinha sido dividida em comprimidos marcados com logotipos de marcas desportivas famosas.
Os três tripulantes e dois passageiros da aeronave foram levados à superintendência da Polícia Federal em Salvador para prestar depoimento, mas a polícia brasileira não esclareceu se foram detidos ou se apresentou queixa contra eles.
A aeronave onde foram encontrados os 578 quilos de cocaína pertence a uma empresa privada que oferece serviços de transporte aéreo.
“As investigações continuarão para identificar os responsáveis pela carga ilícita, que poderão responder pelas acusações de tráfico internacional de drogas e associação com o narcotráfico, cujas penas combinadas podem chegar a 25 anos de prisão”, informou o comunicado da Polícia Federal.
O Brasil está referenciado como um país de escala nas rotas de embarque para a Europa da cocaína produzida nos países andinos. Nesta quarta-feira, a Polícia Federal aprendeu, também na cidade de Salvador, 430 quilos de cocaína, que estava escondida num contentor carregado de extrato de abacaxi, que deveria embarcar, por via marítima, para o porto de Valência, em Espanha.
- Notícia em desenvolvimento – atualizada às 21h00 UTC de 10 de fevereiro de 2021.