O jato executivo apreendido na terça-feira, dia 9 de fevereiro, no Aeroporto Internacional Luiz Eduardo Magalhães/Salvador, no Estado da Bahia (LINK notícia relacionada), tem registo português (CS-DTP) e integra a frota da empresa portuguesa OMNI Aviação, com sede no Aeródromo Municipal de Cascais, nos arredores de Lisboa, noticiou nesta quarta-feira, o portal brasileiro de notícias de aviação ‘Aeroin’.
O jato, um trimotor Dassault Falcon 900B, foi apreendido pela Polícia Federal do Brasil, assim como três tripulantes e dois passageiros, que foram apresentados nesta quarta-feira às autoridades judiciais. Dados dos sistemas públicos de rastreamento de voos confirmam que a aeronave descolou do Aeroporto da cidade de Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo, antes de fazer escala em Salvador.
O jato pertence à empresa portuguesa Omni Aviação, que tem uma empresa associada no Brasil, com atividade destacada no segmento de táxi aéreo e tem contratos com empresas de exploração de petróleo e gás no Brasil, com uma frota de modernos helicópteros.
O portal ‘Aeroin’ refere que, segundo dados públicos do ‘FlightRadar24’, o Falcon 900 de matrícula portuguesa chegou ao Brasil no último dia 28 de janeiro, após sair do hangar de pintura em Portugal. A aeronave parou em Salvador e prosseguiu para o Aeroporto de Jundiaí, no interior do Estado de São Paulo.
O aparelho saiu do aeroporto paulista no dia 7 de fevereiro, com destino a Salvador, e na terça-feira, dia 9, foi apreendido quando já estava a preparar-se para entrar na pista de descolagem, com vários pacotes (normalmente denominados tijolos) de cocaína, num total de 578 quilos. Segundo a Polícia Federal do Brasil, o destino da aeronave seria Lisboa.
Entretanto, nesta quarta-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal disse que o avião não tinha sido autorizado a aterrar em Lisboa. Não se sabe se devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, ou se já se encontrava sob observação das autoridades policiais e de controlo de fronteiras.
O ‘Aeroin’ destaca que este já é o terceiro caso de um jato executivo apreendido na rota Brasil-Portugal nos últimos meses, por ilícitos criminais.
O primeiro foi no passado dia 1 de outubro, quando um jato executivo IAI Westwind (matrícula PP-SDW), chegou ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, com uma carga clandestina de 170 quilos de cocaína, avaliada em cerca de seis milhões de euros, a preços usuais de mercado entre traficantes e consumidores. A Polícia Judiciária abordou a aeronave, apreendeu a droga e deteve cinco pessoas, três tripulantes brasileiros e dois portugueses, que viajavam como passageiros. O avião tinha descolado de Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, no dia 30 de setembro.
O segundo caso terá ocorrido em Dezembro de 2020, com outro jato executivo.
- Notícia em atualização – 23h30 UTC
- Na imagem de abertura vemos o Dassault Falcom 900B da OMNI Aviação no Aeroporto da ilha do Porto Santo, em abril de 2013. Foto © Paulo Brito