A JetBlue tornou-se o primeiro cliente do novo avião Airbus A220 (ex-CSeries da canadiana Bombardier, agora sob controlo da construtora aeronáutica europeia), tendo assinado um Memorando de Entendimento para a aquisição de 60 aviões do modelo A220-300, com opção para igual número de aeronaves do mesmo modelo. Adicionalmente, a companhia aérea norte-americana converteu uma encomenda de 25 aviões A320neo para 25 aviões do modelo A321neo.
“A decisão da JetBlue em optar pelo A220, como um complemento à sua frota crescente de aviões da Família A320, é uma validação tremenda – tanto para o A220 como para o modo como estes dois aviões podem funcionar em conjunto para oferecer às companhias aéreas a flexibilidade operacional e uma experiência fantástica para os passageiros,” afirmou Eric Schulz, diretor comercial da Airbus. “A JetBlue poderá aproveitar a eficiência imbatível do A321neo e do A220-300, assim como tirar partido das cabines mais espaçosas e confortáveis destas categorias de aviões”, acrescentou o executivo da Airbus.
Os modelos A220-100 e A220-300 complementam a família A320, cobrindo os segmentos entre os 100 e 150 lugares. O A220 permite uma poupança no consumo de combustível por assento na ordem dos 20%, em comparação com modelos anteriores. Este modelo servirá um mercado de aviões de corredor único de menor dimensão, estimando-se que nos próximos 20 anos serão necessários 6.000 aviões deste tipo.
O anúncio da JetBlue, feito nos EUA ao mesmo tempo que a Airbus na Europa, revela contudo mais alguns elementos que, de algum modo, criaram algum ‘ruído’ no mercado, dada a grande competição que atualmente existe entre as fábricas de aviões comerciais de passageiros, nomeadamente no segmento de médio curso. A companhia norte-americana disse que os novos aviões se destinam a substituir a sua frota de 60 aviões Embraer E190, uma escolha que a JetBlue diz ser muito vantajosa, já que os novos A220 consomem menos 40 por cento de combustível que os E190 que estão na sua frota desde 2005.
Contudo, no comunicado da JetBlue está expressa uma referência muito elogiosa ao desempenho dos aviões da Embraer durante todo o tempo que têm trabalhado para a companhia norte-americana que pretende começar a receber os primeiros A220 em 2020 e ter dentro de poucos anos uma frota constituído apenas por aviões da Airbus.
Os 60 aviões agora encomendados serão montados na fábrica da Airbus em Mobile, no Estado do Alabama, nos EUA, e serão equipados com motores Pratt & Whitney GTF (Geared Turbofan) PW1500G.
Recorde-se que a Boeing adquiriu no corrente mês de julho o controlo da produção e comercialização de toda a gama de aviões da fábrica brasileira Embraer Aviação Comercial, cuja aquisição final está ainda sujeita ao parecer das autoridades de concorrência.